Da Redação
Com a pauta de reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em mãos, o ministro Gilbrto Carvalho da Secretaria-Geral da República disse nesta quarta-feira (11) que “é muito difícil” assumir um compromisso para o assentamento de 100 mil famílias. A declaração ocorre em meio à diálogos com os movimentos sociais do campo durante o Abril Vermlho – jornada de ocupações e protestos para lembrar o massacre de Eldorado do Carajás (PA), quando 19 agricultores foram executados pela polícia em abril de 1996.
Carvalho esclareceu que a reforma agrária não pode ser vista somente como entrega de terras. “O assentamento de 100 mil famílias por ano em território nacional é difícil, não é brincadeira, sobretudo com a intenção de fazer reforma não só dando terra. É preciso ter condições de financiamento, apoio e assistência técnica, toda condição para família chegar ali”, disse.
Ele adiantou que as negociações com o MST serão retomadas na próxima semana e reconheceu que o movimento considerou que houve pequenos avanços na política agrária no primeiro ano do governo Dilma Rousseff. “Houve alguma evolução, mas acham que a evolução foi pequena e querem se mobilizar para exigir mais do governo”. No começo do ano, o Ministério do Desenvolvimento Agrário passou a ser comandado por Pepe Vargas.
Com informações da Folha de S. Paulo