Da Redação
Acusado de ser o autor intelectual dos atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA, Khalid Sheikh Mohammed foi encaminhado nesta quarta-feira (4) para julgamento em um tribunal para crimes de guerra na base estadunidense em Guantánamo. Ao lado de quatro supostos cúmplices, Mohammed é acusado de planejar e trabalhar na execução dos atentados que resultaram na morte de quase 3 mil pessoas.
Segundo o Pentágono, pesam sobre os réus acusações de terrorismo, sequestro de avião, conspiração e homicídio em violação de leis de guerra, entre outros. O julgamento será conduzido por um tribunal militar capital, o que significa que os acusados podem ser condenados a pena de morte.
O anúncio ocorre um ano após a decisão de Barack Obama de abandonar as tentativas de levar Mohammed a uma corte civil, como originalmente planejado. O parlamento dos EUA bloqueou o financiamento para processar suspeitos pelo 11 de setembro em um tribunal de Nova York, o que teria sido decisivo para conduzir o caso a um tribunal militar.
A União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu) condenou a opção pelo julgamento militar. “O governo Obama está cometendo um erro terrível ao promover os julgamentos mais importantes do terrorismo de nosso tempo em um sistema de Justiça de segunda linha”, aponta um comunicado assinado pelo diretor executivo da Aclu, Anthony Romero. “Qualquer que seja o veredito das comissões militares de Guantánamo, ele será manchado por um processo injusto”, acrescenta, apontando o modelo “bem-sucedido” de julgamento das cortes federais.
Com informações de Reuters e France Presse
