Da Redação
A FIFA anunciou nesta terça-feira (06) que não poderá mais revelar os documentos do caso ISL no dia 17 de dezembro, como tinha prometido anteriormente. Segundo a entidade, um dos envolvidos conseguiu que a Justiça suíça bloqueasse a divulgação de tal documentação. Apesar disso, o presidente da entidade, Joseph Blatter, reafirmou seu compromisso de tornar público todos os registros judiciais desse escândalo de corrupção.
O caso ISL – empresa que vendia os direitos de TV da FIFA – envolve o suposto pagamento de propinas para dirigentes da entidade, durante cerca de 10 anos. Segundo a rede britânica BBC, dois brasileiros estariam diretamente envolvidos no escândalo, mantido em sigilo pela Justiça suíça: Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do Comitê Organizador da Copa de 2014, e João Havelange, ex-presidente da FIFA.
O suposto envolvimento no escândalo da ISL teria feito Havelange renunciar na semana passada ao cargo de membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), posto que ocupava desde 1963. Ele corria o risco até de ser expulso da entidade. Com a renúncia, a investigação no Comitê de Ética foi arquivada, sem uma conclusão final.
Em nota oficial, Blatter disse “lamentar” a decisão da Justiça suíça de bloquear a divulgação dos documentos, mas não indicou qual dos envolvidos no caso teria solicitado tal medida. Ele também avisou que, na luta contra a corrupção, esse adiamento não muda o seu “compromisso de publicar, assim que for possível, essa importante parte do seu plano de reforma da FIFA”.
Com informações da Agência Estado