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17 de outubro de 2011
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20:39

Governo dos EUA não vai conseguir nada acusando Irã, diz Ahmadinejad

Por
Sul 21
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Governo dos EUA não vai conseguir nada acusando Irã, diz Ahmadinejad
Governo dos EUA não vai conseguir nada acusando Irã, diz Ahmadinejad
Daniella Zalcman / Columbia University
"Existem pessoas no governo dos EUA que querem uma guerra, mas acho que também existem pessoas que sabem que não deveriam fazer uma coisa dessas" | Foto: Daniella Zalcman / Columbia University

Da Redação

Se o governo dos EUA acredita que poderá criar um conflito entre o Irã e a Arábia Saudita a partir das denúncias sobre um complô terrorista, ele está “tristemente enganado”. A frase é de Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, durante entrevista para a rede Al Jazeera. De acordo com Ahmadinejad, o governo Obama teria fabricado a acusação, com o objetivo de tensionar as relações entre Teerã e Riad e criar uma distração para os problemas econômicos dos EUA.

“Esse suposto complô não tem nenhuma relação com a nação iraniana”, insistiu o presidente do país árabe. “Não conseguirão alcançar nada com essas acusações”, reforçou, mantendo linha semelhante à adotada em discurso diante do parlamento iraniano, no último domingo.

Mesmo sustentando a tese de que o suposto plano terrorista é uma criação dos EUA, Mahmoud Ahmadinejad disse não acreditar que as relações entre Irã e os Estados Unidos estejam em uma rota de colisão inevitável. “Acredito que existem pessoas no governo norte-americano que querem que isso (guerra entre Irã e EUA) aconteça, mas acho que também existem pessoas sábias no governo norte-americano que sabem que não deveriam fazer uma coisa dessas”.

Após tímidas tentativas de aproximação nos últimos meses, as relações entre EUA e Irã pioraram após o anúncio, na semana passada, de um suposto plano para assassinar o embaixador da Arábia Saudita nos EUA e detonar explosivos nas embaixadas saudita e israelense em Washington. Segundo o FBI, o complô era encabeçado por Mansor Arbabsiar, um iraniano com dupla cidadania que reside no Texas, e envolveriam contatos com o cartel de drogas Los Zetas, do México, que assumiriam o ataque em troca de US$ 1,5 milhão e privilégios na compra de carregamentos ilegais de ópio, interceptados pelo Irã na fronteira com o Afeganistão.

Com informações de Reuters, USA Today e Al Jazeera


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