André Carvalho
Para chamar a atenção da sociedade sobre o trabalho extraclasse, o Sindicato dos professores do Ensino Privado do Rio Grande do Sul (Sinpro/RS) pretende fazer greve em um dia incomum. A campanha intitulada “Domingo de Greve” prevê que os professores, no dia 2 de outubro, um domingo, não trabalhem e possam desfrutar o dia com a família.
“Atualmente, os professores ganham por hora em sala de aula, entretanto, existe o exercício da profissão, como corrigir trabalhos, elaborar trabalhos e dinâmicas, que são feitas em casa e este tempo não é contabilizado como horas trabalhadas”, explica o diretor do Sinpro, Sani Cardon.
Para o pleno funcionamento da campanha, o sindicato está fechando convênios com diversos setores da cultura e lazer para incentivar os professores a aproveitarem o final de semana. “Já acertamos com alguns hotéis, na serra e no litoral, com restaurantes, cinemas e teatros, para que os professores não façam nada que esteja ligado à escola nesta data”, afirma Sani. No site da campanha, o Sinpro publica uma lista de lugares que darão descontos para a categoria neste dia.
No dia 4 de outubro, o sindicato pretende levar às direções das escolas privadas um documento reinvidicatório exigindo que as horas de trabalho fora das instituições de ensino sejam acrescidas a folha de pagamento dos educadores. Diferente do ensino público estadual, federal e municipal, o ensino privado não destina parte da carga horária para atividades extraclasse.
