Jorge Seadi
As obras de construção da Usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, já podem começar. Nesta quarta-feira (1º), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu licença ambiental para a obra. Em janeiro passado, o Ibama havia liberado apenas a instalação do canteiro de obras. No mês seguinte, a licença prévia estabelecia 40 condicionantes para que o empreendedor recebesse a autorização para as obras.
Antes de entrar em funcionamento, a Usina de Belo Monte vai precisar obter uma licença de operação que estará condicionada ao atendimento de todas as exigências socioambientais previstas no projeto.
No leilão realizado em abril do ano passado, o consórcio vencedor foi o Norte Energia, liderado pela Companhia Hidroelétrica do São Francisco, subsidiária da Eletrobras, com a participação da Queiroz Galvão, Gaia Energia e mais seis empresas. O grupo venceu com a menor oferta pelo megawatt-hora no valor de R$ 77,97.
Este projeto, em discussão desde a década de 70, ainda é bastante polêmico com o Ministério Público Federal do Pará questionando o licenciamento para a construção e até a Comissão Interamericana de de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) pedindo que a construção não fosse realizada.
A Usina de Belo Monte, no rio Xingu, no estado do Pará, é uma das principais obras integrantes do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC) e deverá estar concluída até o começo de 2015. Com potência instalada de 11,2 mil megawatts, será a maior hidrelétrica totalmente brasileira e a terceira maior do mundo. A binacional usina de Itaipu, na divisa com o Paraguai, tem 14 mil megawatts de potência.
Com informações da Agência Brasil
