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10 de junho de 2011
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15:20

Justiça do RJ liberta bombeiros e deputados exigem anistia

Por
Sul 21
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Vitor Abdala, Agência Brasil

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu na manhã de hoje (10) habeas corpus para a libertação dos mais de 430 bombeiros presos no último sábado (4). A decisão foi tomada depois de um pedido feito por quatro deputados federais: Alessandro Molon (PT-RJ), Mendonça Prado (DEM-SE), Dr. Aluízio (PV-RJ) e Protógenes Queiroz (PCdoB-SP).

Os bombeiros foram presos depois de ocupar o quartel central da corporação, no centro do Rio, em uma manifestação por melhores salários e condições de trabalho. Os deputados estão se dirigindo, neste momento, para o quartel de Charitas, onde está presa a maioria dos bombeiros.

Segundo o capitão-bombeiro Lauro Botto, um dos porta-vozes dos manifestantes, o próximo passo é conseguir a anistia dos bombeiros. “Para que os processos que advenham de todos esses acontecimentos nem sequer cheguem a ocorrer”, disse.

Bombeiro preso em Charitas espera que Justiça anistie manifestantes

A decisão da Justiça do Rio de libertar os mais de 430 bombeiros presos no último sábado (4) foi recebida com expectativa pelos militares detidos no quartel de Charitas, em Niterói, onde estão cerca de 400 deles. Um dos bombeiros presos, o sargento Cícero João dos Santos, de 51 anos, espera agora que a Justiça anistie os manifestantes.

Os bombeiros foram presos depois de ocupar o quartel central da corporação, no centro do Rio, para protestar por melhores salários e condições de salário. A ocupação do quartel foi o ápice da mobilização dos bombeiros, iniciada em abril deste ano.

O capitão bombeiro Lauro Botto, um dos porta-vozes dos manifestantes, explicou a importância da anistia. “[Serve] para que os processos que advenham de todos esses acontecimentos nem sequer cheguem a ocorrer.”

A ocupação foi encerrada pela Polícia Militar, que prendeu parte dos manifestantes, sob a acusação de motim, dano ao patrimônio público e impedimento de socorro. Segundo o sargento Cícero, lotado no quartel de Guadalupe, na zona oeste do Rio, e que já está no Corpo de Bombeiros há 20 anos, eles não cometeram crimes ao ocupar o quartel.

“Eu tenho esperança [de que conseguiremos a anistia], porque nós temos apoio da população e acreditamos na Justiça. Acredito que a Justiça será feita, porque nós não cometemos crime nenhum”, disse.


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