Igor Natusch
Diante do avanço da gripe A sobre o Rio Grande do Sul, que já registrou dois óbitos, a determinação do governo gaúcho é de intensificar os esforços para que a doença não ganhe ainda mais terreno dentro do RS. Nesta segunda, uma reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Vírus Influenza A H1N1 discutiu alternativas para combater a doença, que já registra 134 casos suspeitos no estado. A principal decisão é autorizar os médicos a fazerem uso de medicamento antiviral em todos os casos suspeitos.
Os médicos deverão administrar o medicamento a todo paciente que apresentar síndrome respiratória aguda (falta de ar). Para pacientes crônicos ou integrantes dos grupos de risco, o medicamento deve ser administrado aos primeiros sintomas de gripe sazonal (febre e tosse).
Dos 134 casos suspeitos, cinco foram confirmados como atingidos pela gripe A. Desses, dois já receberam alta, um apresenta evolução positiva no quadro hospitalar e duas pessoas morreram. O comitê que luta contra a doença no Estado é formado por representantes de municípios, hospitais, sociedades médicas e técnicos da Secretaria Estadual da Saúde. A reunião contou com a presença do secretário estadual de Saúde, Ciro Simoni, e do coordenador geral de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, José Ricardo Pio Martins.
Segundo a Secretaria de Saúde, os medicamentos disponíveis para distribuição são o Tamiflu e o Relenza. A recomendação é de que a população procure atendimento assim que verificar os primeiros sintomas e que os médicos estejam atentos aos sinais que possam indicar um quadro clínico mais preocupante. Paralelamente, continua a vacinação para idosos, gestantes, profissionais da saúde, crianças de seis meses a menores de 2 anos e portadores crônicos de cardiopatias e doenças respiratórias, desde que munidos de receita médica.
Além do tratamento com medicamentos, a Secretaria de Saúde alerta a população para tomar atitudes preventivas, como lavar as mãos frequentemente com água e sabão e não compartilhar talheres e objetos pessoais com pessoas que apresentem os sintomas. Em lugares com grande circulação de pessoas, é recomendado o uso de álcool em gel para manter as mãos limpas. Para quem apresenta sintomas, o pedido do governo é de sempre cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir e espirrar, além de se afastar de suas atividades cotidianas por ao menos uma semana.
