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10 de maio de 2011
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10:00

Ceasa: o elo entre os produtos da terra e a mesa dos gaúchos

Por
Sul 21
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Ceasa: área de 420 mil metros quadrados - Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Felipe Prestes

“Isso aqui é uma cidade”, ouvimos logo na chegada à Ceasa. A central de abastecimento, localizada na zona norte de Porto Alegre, quase no limite com Canoas, se estende por uma área de 420 mil metros quadrados (mais de 50 campos de futebol), por onde passam, em média, 15 mil pessoas por dia. Calcula-se que dali saem 35% dos hortifrutigranjeiros consumidos no Rio Grande do Sul. Legumes, verduras, frutas e ovos passam das mãos de produtores ou atacadistas para as de varejistas — desde redes de supermercado até mercadinhos e restaurantes. Em 2010, foram comercializados R$ 630 milhões. “Pode se dizer que a Ceasa está na mesa de todos os gaúchos”, afirma o diretor-administrativo, Gérson Madruga.

Alimentos e geração de renda atraem mais do que produtores e comerciantes. Cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos estão relacionados com as atividades na Ceasa. Há caminhoneiros (cerca de cinco mil veículos passam por lá diariamente — a maior parte deles, caminhões, kombis, camionetas) e carregadores de mercadorias transitando com seus carrinhos de mão. Vinte e duas lanchonetes e duas agências bancárias. Até vendedores ambulantes andam por ali, oferecendo roupas. E há quem se beneficie do alimento que não é aproveitado para a venda. Famílias carentes e entidades assistenciais participam de um projeto social que recebe doações dos comerciantes e produtores. Os alimentos atraem também pessoas que saem de casa para competir com as moscas nos contêineres de lixo.

Nesta cidade, onde a confusão faz parte da atividade econômica, a administração precisa lidar com problemas de segurança, de infraestrutura e com as toneladas de lixo produzidas diariamente. Para se ter uma ideia, no mês de abril foram geradas 68,26 toneladas apenas de lixo orgânico. “A Ceasa tem um ritmo próprio. Tem coisas que fazem parte da atividade, e hábitos que são difíceis de o administrador mudar”, confessa o presidente da sociedade de economia mista, Lotário José Vier, que assumiu há poucos meses, junto com o novo governo do estado.

Calmaria relativa

Em uma terça-feira pela manhã é relativamente tranquilo caminhar por toda a área da Ceasa. De terça a sexta, a Central só abre para a comercialização às 13h. Na segunda-feira, funciona a partir das 5h30 da manhã. Mas na terça pela manhã o que se vê são alguns caminhões já abastecendo os boxes dos atacadistas que se preparam para as vendas da tarde. A calmaria é relativa, o movimento de veículos é grande, mas não é nada comparado com o que ocorre quando abre, de fato, a Central.

Caminhando em direção ao final da área da Ceasa, encontram-se os depósitos de redes de supermercado. Os supermercados mais conhecidos do grande público de Porto Alegre, no entanto, já não se instalam mais na Central. Preferem montar suas unidades fora dali. Mas as redes, que reúnem pequenos comerciantes, organizados para compras coletivas, estão por ali e compram um volume significativo de alimentos. São redes que têm ao todo um faturamento de R$ 1,8 bilhão anuais e que buscam cada vez mais união.

Produtores, atacadistas e compradores se encontram na Ceasa - Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Entre os depósitos das redes de supermercado e a entrada da Ceasa, onde se localiza o prédio da administração, se vê atacados de carnes, de flores, de peixes, um posto da Polícia Civil e um ambulatório, que dão a dimensão da Central. Há também a sede do projeto “Coma Bem”, que doa alimentos para entidades e famílias carentes.

É um local não muito grande, onde poucas zelosas funcionárias procuram aproveitar da maneira mais eficiente possível as doações daquilo que os produtores não quiseram vender — produtos danificados, mas não estragados. Além dos hortifrutigranjeiros, são doados pães, cedidos por meio de uma parceria com a Seven Boys. Por ali também trabalham jovens internados em fazendas de recuperação de dependência química. O trabalho faz parte de sua ressocialização. Eles aparecem uma vez por semana e têm o direito de levar alimentos para suas instituições.

Além das fazendas, o projeto social ajuda cerca de 220 entidades, como creches e albergues, e 120 famílias carentes, que estão cadastradas e vêm de toda a Região Metropolitana para buscar alimentos no próprio portão da Ceasa, entre quarta e sexta-feira. Só no mês de fevereiro, foram doadas 68,78 toneladas de hortifrutigranjeiros e 8,1 toneladas de pão. No inverno, este número costuma ser menor, por duas razões: há menos produtos para comercialização e o clima ajuda a preservar os alimentos.

Assobios

Por volta das 13h, o movimento de produtores rurais é intenso em torno do “galpão não permanente”, onde os espaços são demarcados no chão e o aluguel varia de um dia a um ano. Caminhões começam a desembarcar banana, maçã, vagem, alface, tomate, batata, cebola, mamão — alguns dos alimentos mais vendidos por ali. Os produtores procuram chegar o mais cedo possível para estacionar seu veículo no local mais próximo de sua banca. As vagas são de quem chegar primeiro. O mesmo vale para os varejistas, que começam a entrar na Ceasa por voltas de 13h15min e colocam seus veículos nos lugares que sobraram. Falta de vagas não é um problema: há 10 mil vagas de estacionamento.

Vaivém é constante nos galpões da Central - Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Em toda esta movimentação se destaca o vaivém dos carregadores das mercadorias, com seus carrinhos puxados a mão, abarrotados de caixas empilhadas. Os assobios são a linguagem para avisar a quem está parado que pode ser atropelado por um deles. Pegar o embalo é fundamental para fazer o trabalho com rapidez e se livrar logo do peso. Por isso, é comum vê-los subindo e descendo as rampas, que separam os caminhões do galpão, em alta velocidade. De colete verde, transitam os carregadores que fazem parte das famílias dos agricultores e não são carregadores de profissão. Estes estão de colete amarelo. São homens que vão para a Ceasa só para carregar produtos em troca de dinheiro.

É gente humilde e que, apesar do tremendo esforço físico, gosta do que faz. Há um bom número de idosos trabalhando como carregador e pessoas que fazem isto na Ceasa há mais de 20 anos. Antonio Carlos Kohn dos Santos é um destes carregadores que têm duas décadas no local. Tímido, de poucas palavras, Antonio coça a cabeça para calcular a própria idade, 49 anos. “Gosto daqui porque me defendo mais do que fora”, diz.

A simplicidade do trabalho e a liberdade são estimadas pelos carregadores. Tudo se resolve em poucas horas de trabalho diárias. Por volta das 13h, o trabalho é de descarregar as mercadorias que chegam para serem vendidas. Depois, eles são encarregados de levar as mercadorias compradas para os veículos dos varejistas. O movimento maior de compras ocorre em duas ou três horas. Às 17h, o clima no galpão já é de fim de feira.

Pouca segurança

Mais articulado que Antonio, Salomão Laubina de Oliveira, 25 anos de Ceasa, explica esta situação: “Tu chega aqui, faz o serviço, pega o dinheiro e vai embora”. Saboreando uma bergamota, Salomão conta que também consegue levar muitos alimentos para casa, onde mora com a esposa e dois filhos, porque tem amizade com muitos produtores. “Sempre dá para pegar um temperinho com um, uma cenourinha com outro”. Ele explica que para os serviços mais leves cobram R$ 3, enquanto os mais pesados custam até R$ 15. Diz que dá para tirar até R$ 70 por dia.

Salomão tem um “patrão”, um produtor que vai à Ceasa de duas a quatro vezes por semana. O carregador gosta da liberdade de poder não ir à Central todos os dias, mas diz que isto pode “queimar o filme” com o patrão. E reclama da condição dos carregadores autônomos como ele, que têm empregadores, mas não conseguem benefícios como a seguridade social. Além disto, conta que no inverno há menos trabalho e, portanto, menos dinheiro. “A gente não tem uma associação forte para garantir nossos direitos, e para que a gente consiga se ajudar quando há pouco trabalho”.

Salomão de Oliveira: “Tu chega aqui, faz o serviço, pega o dinheiro e vai embora” - Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Um carrinho como os que eles usam custa R$ 700 novo e metade deste preço usado. Os pneus, que precisam resistir ao peso das cargas, custam cerca de R$ 90. Salomão diz que já carregou uma carga com 17 caixas de 50 kg de milho cada uma, um total de 850 kg. Antônio afirma que já carregou carga de mais de 500 kg. “O cara se arrebenta. Já tive distensão nos nervos da coluna”, diz. Os carregadores se queixam dos “clandestinos”, que conseguem um colete amarelo sem fazer todos os trâmites para se cadastrar. Trabalhando de forma irregular, eles cobram muitas vezes preços menores, desvalorizando ainda mais o trabalho que já é de baixa remuneração.

Bolsa de Valores

Técnicos da Ceasa comparam a central com uma bolsa de valores. Ali os preços de um produto chegam a variar mais de uma vez em apenas uma tarde. Há até quem compre produtos de um concorrente, pagando caro, para ludibriá-lo. Dificuldades na produção de um determinado alimento são facilmente percebidas. Se não é época de certo vegetal no Rio Grande do Sul, por exemplo, ele será encontrado certamente do lado de fora do galpão dos produtores, nos pavilhões ocupados pelos atacadistas, os únicos que têm autorização para comercializar produtos de fora do estado.

No galpão dos produtores, há 940 pequenos espaços, de 5 metros quadrados, marcados por tinta amarela no chão. Espaços que são ocupados por pilhas de caixas, balança e uma cadeira onde o produtor aguarda os clientes. Itamar Rossi sai de Caxias do Sul nas segundas, terças e quintas para vender cáquis, maçãs e outras frutas. “Tem Ceasa em Caxias, mas é pequena. Vende quem já tem cliente”, diz.

Itamar Rossi, produtor - Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Em Porto Alegre, Rossi aos poucos conseguiu clientes grandes, “dois ou três”, que garantem a maior parte de seu sustento. Com estes, o produtor trata por telefone antes, “pra garantir”. Ao chegar na Capital, concretiza a venda já acertada. Mas ele não menospreza de forma alguma os clientes que transitam pelo galpão procurando o melhor preço, ou a melhor qualidade. Até porque são estes que podem se tornar assíduos. Uma venda pode ser muito simples. Um senhor, de caderninho e caneta em mãos, analisa as maçãs de Itamar, pergunta quanto custa, desembolsa R$ 28 por uma caixa e pede para que seja levada até onde está seu veículo. Grande parte dos compradores, que rodam pelo galpão como se estivessem numa feira, são como Celmar Cichowski, dono de um mercadinho em Porto Alegre, que frequenta a Ceasa há mais de 30 anos. Ele leva um carrinho semelhante aos que donas de casa usam no supermercado. Amarra quatro ou cinco caixas de frutas e retorna à labuta em seu armazém. Cichowski diz que é ali que encontra alimentos com preço bom e qualidade para vender a seus clientes.

Bonança e pobreza

Caminhando pelos boxes de atacadistas pode-se sentir o aroma das frutas, em vez do cheiro de confusão do galpão dos produtores. Os atacadistas não vendem apenas os produtos mais comuns, mas frutas mais sofisticadas, buscadas em todo o Brasil e até em outros países. São mercadorias que eles guardam em locais mais espaçosos, refrigerados. Além de hortifrutigranjeiros, alguns vendem produtos como vinho, cachaça e mel.

Beto Kremer, dono de um atacado, passa boa parte do dia no telefone. Conversa com comerciantes de todo o Rio Grande do Sul ao celular — bloco e caneta por perto, em cima de um balcão de granito. A maior parte das vendas que faz é acertada por telefone mesmo, mas também há quem rode pelos atacados para comprar. Os hortifrutigranjeiros que vende não são produzidos apenas no Rio Grande do Sul, mas em São Paulo, Bahia e Minas Gerais. Kremer ainda não faz importação, mas técnicos da Ceasa afirmam que só no ano passado entraram na central produtos de nove países.

O atacadista começou no galpão dos produtores, ajudando a família, que tem pomares em Pareci Novo, município do Vale do Caí. Ali conseguiu o capital para hoje ter um atacado que negocia 100 toneladas de alimento por mês. Ele dá a receita, que não é surpreendente: “Bom trabalho, boa mercadoria e boa divulgação”.

A poucos metros da loja de Kremer, um jovem fica escorado em um dos muitos contêineres de lixo da Ceasa. Sacola em mãos, cheia de frutas, ele fica à espreita, em busca de mais alimentos que irão para o lixo. Fernando Luis Fischer não tem parte do estereótipo de quem cata comida nos lixos. O sobrenome, a cor da pele e do cabelo denotam a ascendência alemã. Fernando é morador da Vila Dique, próxima à Central de abastecimento. Trabalhador da construção civil, atualmente está desempregado, recebendo seguro-desemprego. Ele sabe que uma economia de alguns reais é importante. “Eu sou realista”, garante.

Fernando Luis Fischer, desempregado, morador da Vila Dique, busca alimento no lixo da Ceasa - Foto: Ramiro Furquim/Sul21

O rapaz, que havia conseguido já um bom peso de laranjas, diz que consegue por ali não só frutas, mas também batata e cebola, ingredientes sempre importantes para incrementar uma refeição. Com uma bicicleta, ele roda a Ceasa se preciso para encontrar comida. Fernando não teme o moscaredo de cores que não se vê nas moscas mais ordinárias. No contêiner, a festa era de grandes insetos, de um verde metálico. O desempregado se diz acostumado com isso. Tampouco sente vergonha de pegar os alimentos do lixo. “Sou pobre, mas não sou ladrão”. Conta que é mal tratado quando pede comida aos produtores e atacadistas. “Se eu peço, eles não dão. Prefiro pegar do lixo”.

Ceasa precisa de investimentos

Ao contrário de outras empresas públicas, a Ceasa tem conseguido manter suas finanças equilibradas. Os aluguéis de espaço na Central, que custam R$ 22 por metro quadrado mensais, conseguem manter o funcionamento da empresa. A única dívida maior é a de IPTU, que a prefeitura de Porto Alegre tem cobrado, mas a Ceasa entende que não deve pagar, não só pelo papel importante que desempenha, mas porque a própria prefeitura é acionista, dona de 10% da Ceasa. Caso seja obrigada a pagar, a empresa acabará tendo uma dívida de cerca de R$ 4 milhões.

Afora esta pendenga, a Central de Abastecimento também lida com pendências da gestão anterior, como contratos de licitação com problemas. O mais significativo deles foi a licitação que definiu a criação de uma Central de Caixas. Esta central seria criada para resolver um dos grandes problemas de lixo da Ceasa, substituindo as perecíveis caixas de madeira por caixas de plástico que duram bem mais tempo. Em um mês, 22 toneladas de madeira vão fora na empresa. O problema ainda não foi resolvido, porque a empresa vencedora da licitação simplesmente não cumpriu o contrato.

O lixo orgânico, produzido também às toneladas, é outro problema. A separação não é feita com eficácia dentro da Ceasa, e a empresa precisa pagar caro para que o DMLU despeje todos os restos de vegetais que ficam pelo chão. No final do dia, é flagrante que os hábitos de muitos comerciantes é simplesmente descartar no chão o que não presta. Relatos de funcionários dão conta de que até varejistas aproveitam a confusão para descartar o que sobrou de seus restaurantes e mercados. O presidente da Ceasa, Lotário José Vier, afirma que o ideal seria ter uma central de compostagem para aproveitar a maior parte do lixo orgânico. “Fazermos a compostagem aqui não é fácil. Neste momento, não temos muito claro como fazer isto para o futuro”, diz.

Presidente da Ceasa, Lotário José Vier - Foto: Ramiro Furquim/Sul21

O que a Ceasa pretende fazer de imediato são alguns investimentos em infraestrutura. Para começar, com cerca de R$ 100 mil de recursos próprios, deve trocar a rede elétrica, muito antiga, que tem ocasionado quedas de energia. A empresa também procura resolver problemas com o asfalto das vias internas, porque eles têm gerado acúmulo de água em certos locais, o que, misturado com os restos de vegetais espalhados pelo chão, gera chorume e atrai insetos. Os buracos no asfalto também atrapalham a ação eficiente dos carregadores com seus carrinhos. Lotário estima que seriam necessários R$ 1,5 milhão para as obras no pavimento, dos quais a Ceasa pretende investir já R$ 360 mil. O restante buscará com o governo do estado. Também tentará buscar R$ 2 milhões para sanar defeitos na cobertura do galpão dos produtores.

A segurança é outro dos problemas que a Central tem. Relatos que chegam à presidência dão conta de que até roubo de caminhão já aconteceu dentro da sede da empresa. O presidente afirma que, felizmente, nos poucos meses de sua gestão não houve nenhuma ocorrência tão significativa. “Segurança é sempre questionada aqui. É um complexo muito grande, precisaria ter muita gente. Algumas reclamações acontecem. Já houve até roubo de caminhão. Depois que chegamos aqui não temos tido tantos problemas”, diz Lotário. Ainda assim, a administração já está providenciando dezesseis câmeras para auxiliar a segurança.

A Ceasa também pretende aprimorar o que faz o projeto social “Coma Bem”, envolvendo parcerias com mais empresas, além de órgãos do governo do estado, prefeitura de Porto Alegre e programas do governo federal que tenham com objetivo fim a assistência social. “Pretendemos melhorar”, diz Lotário.

Mais agricultura familiar

“Trabalhamos com dois pontos de vista: um é a Ceasa de hoje, que temos que administrar. Mas também falamos da Ceasa do futuro”, afirma Lotário José Vier. O dirigente diz que um dos objetivos da gestão é fazer com que a agricultura familiar tenha presença mais forte dentro da central de abastecimento. A maioria dos produtores de hortifrutigranjeiros já é agricultor familiar, mas a atual gestão acredita que a presença deles é desordenada na Ceasa. “Defendemos muito a necessidade de o produtor se organizar lá na ponta, em forma de cooperativa, de associação para disputar de forma organizada aqui no mercado”, diz.

Em 2010, foram comercializados R$ 630 milhões na Central de Abastecimento - Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Lotário afirma que os produtores que atuam de forma isolada na Ceasa perdem força e, muitas vezes, não conseguem conciliar produção e comércio, acabando por se tornar atravessadores de outros produtores. A administração trabalha em um projeto para conseguir, em um futuro próximo, recursos para montar um pavilhão voltado para a agricultura familiar organizada, para a agroindústria familiar, que produz compotas, cachaça, mel, entre outros produtos e para produtos agroecológicos, que hoje não têm qualquer espaço definido dentro da central de abastecimento. “Esta é a nossa perspectiva para a Ceasa no futuro”, diz.


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