Jorge Seadi
O Escritório de Investigação e Análises (BEA, na sigla em francês) revelou nesta manhã (16) que os dados das caixas-pretas do avião Airbus que fazia o voo 447 da Air France, em 31 de maio de 2009, estão intactos. Segundo o BEA, os dados dos dois equipamentos puderam ser lidos neste final de semana.
O avião da Air France que saiu do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 19h do dia 31 de maio, caiu no Oceano Atlântico pouco antes da meia-noite (horário brasileiro) e tinha como destino a capital da França, Paris. O avião caiu no Atlântico a 1 mil e 100 km da costa brasileira na altura da cidade de Recife com 228 pessoas a bordo, entre passageiros e tripulantes. Todos morreram. Uma semana depois do acidente foram localizados 3% dos destroços do avião e 50 corpos que estavam boiando, entre ele 27 brasileiros.
O trabalho de abertura e leitura das caixas-pretas foi totalmente filmado com a presença de dois investigadores alemães, um americano, dois ingleses e dois brasileiros, além de um oficial da polícia francesa e um representante da Justiça francesa, revelou o BEA.
“Não houve qualquer problema particular na leitura das caixas-pretas. Foi um trabalho extremamente minucioso, mas tudo correu como o previsto”, afirmou Martine Del Bono, porta-voz do BEA. A partir de agora começa a fase de análise e investigação que deverá demorar meses. As autoridades francesas esperam divulgar um comunicado preliminar quando começar o verão francês, no final de junho. Mas, as gravações dos diálogos dos pilotos nunca serão divulgados porque é proibido pela legislação francesa. Segundo Del Bono, o objetivo do BEA não é achar culpados, “mas apontar uma série de recomendações para evitar que acidentes como este voltem a acontecer.”
Com informações do Terra
