Felipe Prestes
Manifestantes sírios organizaram hoje (22) a “Grande Sexta-Feira” de protestos pelo país, que contou com uma resposta sangrenta das forças de segurança do país. Os manifestantes apresentaram uma lista com 70 nomes de pessoas que teriam sido mortas. As tropas atiraram contra os que protestavam. O diretor da Organização Nacional para os Direitos Humanos da Síria, Ammar Qurabi, garante que há pelo menos 49 mortos, e outros 20 desaparecidos.
As mortes foram registradas e m várias cidades do país. Em Izraa, sul do país, teriam ocorrido quinze mortes. Outras mortes foram registradas em Douma e Zamalka, duas cidades próximas à capital Damasco. Outros manifestantes foram mortos em Homs, terceira maior cidade síria, e também em Moadamia e Daraa. Segundo a Al Jazeera, os manifestantes levavam consigo ramos de oliveira, e alegam que faziam protestos pacíficos, sendo surpreendidos com a violência das forças policiais. Possivelmente, esta sexta-feira (22) foi o dia mais sangrento desde que os protestos começaram na Síria, no mês de março.
Testemunhas descreveram à reportagem da Al Jazeera como um grupo de 200 manifestantes em Homs, onde cerca de 3000 protestavam, ficou na linha de fogo dos soldados. “De repente, as forças de segurança abriram fogo neles aleatoriamente”, disse um ativista. Na capital Damasco, testemunhas contam que o governo está fazendo checkpoints nos arredores da cidade.
