Jorge Seadi
A Agência de Segurança Nuclear e Industrial do Japão (NISA, sigla em inglês) confirmou hoje (19) que as barras de combustível dos reatores 1 e 3 da usina nuclear de Fukushima se fundiram parcialmente. A usina enfrenta problemas desde o terremoto de 11 de março.
A NISA revelou que verificou a presença de tecnésio 99 no reator 2, um elemento que só é liberado quando há fusão das barras de combustível, por isso, suspeita que este reator também foi afetado e que até agora não sabe o tamanho do “estrago”. As medições realizadas nos tanques de contenção do reator 2, onde estã0 615 barras usadas e que, por isso, acumulam maior nível de radiação comparadas com as que estão em uso, revelam altos níveis de iodo e césio radioativo.
Estes dados foram revelados um dia depois que robôs americanos, comandados por controle remoto, entraram nos reatores para medir os níveis de radioatividade, hidrogênio, temperatura e umidade. Os robôs revelaram altos índices de radioatividade nos reatores 1 e 3, que tiveram os sistemas de refrigeração mais danificados. O objetivo destas medições era para saber se os técnicos poderiam entrar nestes reatores para religar o sistema de refrigeração, especialmente no reator 3 que não foi acessado por ninguém desde que aconteceu a explosão. As leituras efetuadas pelos equipamentos americanos indicam um ambiente adverso para que seres humanos possam trabalhar ali, o que complica muito a tarefa de religar os sistemas de refrigeração.
E todas estas informações foram reveladas um dia depois que a Tokyo Electic Power, empresa que opera a usina, ter dito que levaria 9 meses para recolocar os reatores em condições normais.
Com informações do El Pais
