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7 de abril de 2011
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16:46

Ex-aluno invade escola no Rio e mata 12 estudantes

Por
Sul 21
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Wellington Menezes de Oliveira

matéria atualizada às 22h10min

Jorge Seadi

Um ex-aluno da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, bairro do Rio de Janeiro, invadiu o colégio na manhã desta quinta-feira (7) matando 12 alunos e ferindo outros 18. Ele disparou várias vezes contra os estudantes de uma sala de aula do primeiro andar, da oitava série. A escola atende quase mil alunos e 400 estavam em aula no turno da manhã.

O coronel Evandro Bezerra, relações públicas do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, confirmou que o número de mortos são 13, incluíndo o atirador. Foram assassinadas 10 meninas e 2 meninos. Dos 18 feridos, foram 12 meninos e 6 meninas. Os feridos foram levados para o Hospital Albert Schweitzer para o primeiro atendimento e aqueles mais graves estão sendo transferidos para hospitais como o Miguel Couto e o Souza Aguiar.

A direção da escola confirmou que o homem se passou por palestrante para ingressar no prédio. Ele usava roupa que imitava um fardamento militar e estava armado com duas pistolas e muita munição. A Polícia Militar identificou o atirador como Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos. Seria ex-aluno da escola.

O coronel Djalma Beltrame, comandante do 14º Batalhão (Bangu), confirmou que Wellington deixou uma carta com indicações que ele pretendia se matar. Ainda segundo o coronel, “a carta era confusa”.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, está no colégio onde aconteceu a chacina. O governador do Rio, Sérgio Cabral, está em viagem aos Estados Unidos e a secretaria de Educação, Claudia Costin, que acompanhava o governador, antecipou seu retorno ao país.

O governador Sérgio Cabral revelou que um sargento evitou que a tragédia fosse maior. O sargento Alevs, que fazia uma operação na região, foi avisado por dois alunos que fugiam da escola. Segundo o governador, o sargento atingiu o atirador com um tiro na perna quando ele estava no terceiro andar. Ele já tinha feito os primeiros disparos e se preparava para atacar mais crianças. Logo após ser atingido pelo militar, o atirador se matou.

Presidenta Dilma muito abalada

A presidenta Dilma Rousseff ficou muito abalada com a tragédia da escola carioca e acompanha o episódio com grande preocupação. O porta-voz da presidência, Rodrigo Baena, confirmou que a presidenta já conversou com o governador Sérgio Cabral e com o prefeito Eduardo Paes para saber detalhes do acontecido. Rodrigo revelou que a presidenta já orientou o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que tome as medidas necessárias.

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse em Porto Alegre, que “o episódio é uma tragédia sem precedentes e que este é um dia de luto para a educação do Brasil.


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