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11 de abril de 2011
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18:54

Cinco dias depois da tragédia, pais vão à escola pedir transferência

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

Cinco dias depois da tragédia, com a escola aberta apenas para professores e funcionários, vários pais foram à Escola Municipal Tasso de Oliveira, em Realengo, no Rio de Janeiro, para pedir a transferência dos alunos. Esta manhã, garis da Companhia de Limpeza Urbana (Conlurb) da cidade, começaram a limpar o pátio e o interior da escola. Estão lavando as manchas de sangue das paredes, portas, chão das salas, corredores, escadas e entrada do prédio.

Com a escola fechada, os pais que foram pedir transferência e buscar os pertences dos filhos foram orientados a retornarem somente a partir das 14h. Ubiratan Soares, 65 anos, foi à escola nesta manhã para pedir a transferência da neta. “Ela não consegue dormir, passa as noites vendo televisão”, diz Ubiratan. Ana Maria Pinheiro também foi tentar a transferência da neta de 13 anos que estuda no período da tarde, mas que conhece todas as crianças que morreram e as que foram feridas pelo Wellington Oliveira.

Noeli Rocha, mãe de Mariana, morta no massacre, foi buscar sua mochila. “Pode ser coisa sem importância, mas pra mim é muito”, disse Rocha. Ela lamentou não poder estar lá para defender a filha e disse que ainda escuta sua filha chamá-la”.

A secretaria municipal de Educação do Rio de Janeiro projeta a reabertura da escola para o dia 18 de abril com atividades para estimular a volta dos alunos e dar “cara nova ” ao colégio. O grande número de crianças que se nega a voltar à escola está preocupando os psicólogos e assistentes sociais da prefeitura encarregados de prestar atendimento aos estudantes e suas famílias. Claúdia Costin, secretaria municipal de Educação do Rio de Janeiro, disse que todos os esforços serão feitos para manter as crianças no local. No entanto, a quem quiser, a secretaria vai providenciar a transferência para outra escola.

Já  liberada pela Polícia Técnica que  realizou a perícia, e depois de limpa, a escola será pintada. A secretaria ainda não definiu se as salas onde Wellington matou e feriu os alunos serão reutilizadas.

Com informações da Agência Brasil


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