Jorge Seadi
O relatório do Banco Mundial (BIRD) divulgado hoje (6) afirma que o Brasil está ficando velho muito mais cedo que países desenvolvidos. Segundo o BIRD, os países desenvolvidos primeiro ficaram ricos e depois envelheceram e com o Brasil está acontecendo o contrário. O banco dá a França como exemplo, lembrando que aquela país europeu levou um século para ter um aumentode 7% para 14% da população acima dos 65 anos. O Brasil, diz o relatório do BIRD, vai precisar de apenas duas décadas — de 2011 a 2031 — para passar pelo mesmo processo.
O documento revela que hoje, no Brasil, a população idosa ativa representa 11% da população e projeta para 2050 os idosos brasileiros chegarão 29,7% do total populacional. Segundo o BIRD, na década de 20 a população em idade ativa começará a cair com o aumento do número de idosos. A projeção é de que, nos próximos 40 anos, o número de idosos irá crescer 3,2%, 12 vezes o crescimento médio de toda a população, que será de o,3%. Em 2050, os idosos brasileiros serão 29,7% da população.
Esta é um taxa muito próxima do Japão — o qual tem 30% de idosos e é considerado o país mais velho do mundo — e maior do que a dos países europeus, que é de 24%, em média. Em números absolutos, o Brasil tinha 2,6 milhões de idosos em 1950, 19,6 milhões no ano passado e serão 64 milhões em 2050. Tais mudanças terão enorme impacto sobre o crescimento econômico, saúde, educação e previdência. Atualmente o Brasil vive, na maioria das regiões, o chamado bônus demográfico que vai até 2020, quando a população em idade de trabalhar cresce mais que a parcela que é dependente (crianças e idosos). O bônus demográfico permite, ainda que o país cresça mais e poupe mais.
Com informações do Estado de S.Paulo
