Últimas Notícias > Geral > Noticias
|
9 de abril de 2011
|
00:10

Atirador disparou mais de 60 tiros contra estudantes, diz polícia

Por
Sul 21
[email protected]
Reprodução
Jovem de 23 anos matou 12 crianças a tiros no Rio de Janeiro | Foto: Reprodução

Igor Natusch

Wellington Menezes de Oliveira, que matou 12 estudantes em uma escola da zona oeste do Rio de Janeiro, teria disparado mais de 60 tiros, usando duas pistolas ao mesmo tempo. A informação é da polícia do RJ, que também apresentou as armas usadas pelo atirador no ataque que matou 12 crianças na escola municipal Tasso da Silveira, Realengo, zona oeste do Rio. Foram exibidos, junto com os revólveres, as cápsulas conflagradas, um cinturão e um carregador de munições usados no ataque.

No momento, a Delegacia de Repressão a Armas e Explosivos (Drae) investiga como Wellington obteve as armas usadas no crime. Segundo informações preliminares, um dos revólveres teria sido roubado de um sítio em 1994. O outro armamento encontra-se com a numeração raspada.

O delegado Felipe Renato Ettore, da Divisão de Homicídios, disse haver “indícios relevantes” de que o atirador sofresse de transtornos mentais. Segundo o delegado, está sendo traçado um perfil psicológico do assassino para tentar descobrir as motivações de seu gesto. Ettore já colheu depoimentos da irmã adotiva e de dois primos de Wellington. Os familiares teriam relatado, segundo o delegado, que o jovem de 23 anos era “uma pessoa que tinha viés de doença mental”, muito introvertido e que se manifestava em várias ocasiões de forma incoerente ou incompreensível. A hipótese é de que Wellington sofresse de esquizofrenia, que teria herdado de sua mãe biológica.

Alunos receberão assistência psicológica

A secretária de Educação da cidade do Rio de Janeiro, Claudia Costin, informou que uma equipe de assistentes sociais e psicólogos está sendo montada para prestar atendimento aos parentes e professores das crianças atingidas no massacre. A partir da próxima segunda (11), os professores receberão assistência na própria escola, enquanto alunos e familiares serão visitados em suas casas. Segundo a secretária, a equipe prestará assistência a todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente pelo ataque. As aulas na escola Tasso da Silveira só devem ser retomadas a partir do próximo dia 18.

Dez feridos seguem internados, 3 em estado grave

Seguem internados dez estudantes feridos durante o ataque ocorrido na manhã de quinta-feira (7). São oito meninas e dois meninos, sendo que três dos atingidos estão em estado grave. A tragédia despertou a solidariedade da população carioca: mais de 1.600 pessoas doaram sangue ao Instituto de Hematoligia Arthur de Siqueira Cavalcanti (Hemorio) desde que as crianças foram atacadas. O número ultrapassa com folga a média do Hemorio, que costuma receber 300 doações por dia. O tempo de espera para atendimento, que geralmente fica em 40 minutos, chegou a se estender por 5 horas.

Durante a sexta-feira (8), 11 vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira foram enterradas em cemitérios do RJ. Os enterros aconteceram nos cemitérios Murundu, Jardim da Saudade, Ricardo de Albuquerque e Santa Cruz, todos na zona oeste da capital fluminense. Segundo a prefeitura, mais de 4 mil pessoas compareceram aos atos fúnebres. O único morto ainda não enterrado é o próprio Wellington, que ainda não foi reconhecido por familiares e segue no Instituto Médico Legal. Se não for reclamado no prazo máximo de 15 dias, o atirador será enterrado como indigente.

Com informações de Agência Brasil, Estado de S. Paulo e O Dia Online


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora