Jorge Seadi
O “Abril Vermelho”, jornada de lutas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), completou 17 dias neste mês de abril com a ocupação de 70 fazendas e 13 sedes do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em 17 estados e no Distrito Federal. De acordo com o MST, 18 mil famílias participaram das invasões.
Os manifestantes do MST também participaram de atos, debates, marchas e bloquearam estradas. O MST reinvindica o assentamento de 100 mil famílias acampadas por todo o país, um planejamento de assentamentos até 2014, a ampliação do crédito rural aos assentados, a renegociação de dívidas e investimentos públicos em infraestrutura em áreas da reforma agrária — construção de casas, escolas, hospitais, implementação de saneamento básico e criação de agroindústrias.
O movimento “Abril Vermelho” relembra o massacre de Eldorado dos Carajás, quando 19 sem-terra foram mortos pela Polícia Militar do Pará em 17 de abril de 1996. O MST também utiliza o Abril Vermelho para fazer campanha contra o uso do agrotóxicos nos alimentos que, segundo o MST, envenenam a população brasileira. Os sem-terra também fazem propaganda contra a aprovação do novo código florestal e pelo fim do desmatamento.
O secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho prometeu dar uma posição ao MST até o dia 2 de maio.
Com informações do UOL