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7 de abril de 2011
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17:46

Há 57 milhões de litros de água radiotiva em Fukushima

Por
Sul 21
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Reator Nuclear de Fukushima

Jorge Seadi

57 milhões de litros d’água se acumulam nos reatores da usina nuclear de Fukushima e todos os dias mais milhares de litros d’água de somam, jogadas pelos trabalhadores que tentam manter o resfriamento da usina. Os técnicos não sabem o que fazer com toda esta água radioativa.

O jornal americano Los Angeles Times diz em sua edição de hoje que “a água utilizada para resfriar os reatores e as perigosas barras de combustível está se infiltrando pelas rachaduras dentro da usina e através de túneis e passagens de nível e se acumulando no fundo da usina”. A pergunta que os técnicos se fazem agora é o que fazer, onde colocar esta água. Robert Alvarez, ex-secretário adjunto do Departamento de Energia dos Estados Unidos, disse que “não há nenhum precedente similar ao que acontece agora para poder ajudar a encontrar uma solução”.

O alto nível de substâncias radioativas concentradas na água tem que ser armazenado de forma segura, processada e solidificada. É um trabalho que os especialistas afirmam que terá que ser feito em um prédio especialmente desenhado e construído para isto. Além disso, o processo de limpeza da água poderá demorar muitos anos ou até décadas e o custo poderia chegar a dezenas de milhares de dólares.

A questão para os japoneses é onde colocar toda esta água porque os tanques estão praticamente cheios. A empresa Tokyo Electric Power, responsável pela usina, está projetando a possibilidade de colocar esta água em barcaças com capacidade de até 9 milhões de litros d’água. Mas armazenar água assim gera outro problema para o futuro: onde colocar estas barcaças que estarão contaminadas? Os técnicos não sabem o que fazer.

O governo japonês solicitou à Rússia o empréstimo de uma barca  de eliminação de resíduos, a Suzana, que foi utilizada na desativação dos submarinos nucleares russos que estavam no Pacífico. Esta barca foi construída no Japão, dez anos atrás.

Novo terremoto provoca aviso de tsunami na costa do Japão afetada pelo terremoto de março

Um terremoto de 7,4 graus na escala Richter atingiu a costa noroeste do Japão, a mesma do terremoto do mês passado, provocando um alerta de tsunami. O tremor ocorreu por volta de 23h30 desta quinta-feira (11h30 horário de Brasília) com o epicentro localizado a 40km de profundidade no Oceano Pacífico diante da província de Miyagi, justamente a mais afetada pelo terremoto de 11 de março passado. A Agência de Meteorologia do Japão confirmou o tremor. A agência pediu que os moradores da zona da orla procurassem as áreas mais altas da cidade porque há possibilidades de grandes ondas.

O terremoto foi sentido também em Tóquio, 400km ao sul, onde edifícios e casas tremeram por vários segundos. A emissora de tevê pública NHK  informou que as usinas de Fukushima não foram atingidas por este novo tremor e a empresa que administra a usina (Tepco) confirmou que não há sinais de novos problemas nos reatores. Fukushima foi evacuada com o alarme de possível tsunami.

Com informações do El Mundo


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