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16 de março de 2011
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16:59

Prejuízos do Japão podem chegar a US$ 200 bilhões

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

Cinco dias depois do maior terremoto que o Japão já sofreu, seguido de tsunami e de desastre nuclear, economistas fazem as contas para saber o tamanho do prejuízo. As autoridades tentam de todas as formas evitar que os reatores da usina de Fukushima provoquem um desastre nuclear sem precedentes e os economistas estudam e analisam as consequências dos desastres naturais naquela que é a terceira maior economia do mundo.

Hoje, a Toyota anunciou que vai retomar parte de sua produção a partir desta quinta-feira em suas fábrica de auto-peças. As montadoras ainda não têm data para reiniciar as atividades. Esta é apenas uma pequena amostra do que poderá acontecer com a indústria japonesa nos próximos meses. E os economistas alertam que a crise poderá ser ainda mais profunda se houver escassez de energia. A crise nuclear em apenas uma das 55 usinas deste tipo que existem no país já pode provocar recessão e impedir que se repita imediatamente a recuperação rápida que o próprio Japão enfrentou depois do terremoto de Kobe, em 1995.

Os econimistas acreditam que haverá uma forte redução do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano, provocado pelos desastres da última semana, mas que o investimento na reconstrução do país vai levantar o PIB para o segundo semestre do ano. A bolsa de valores de Tóquio teve uma alta hoje (16) depois de dois dias de fortes baixas, as maiores já registradas na história do país. Mesmo assim, o mercado está nervoso, atento às ações de empresas e seguradoras japonesas, que podem vender grandes quantias de ativos estrangeiros e repatriar fundos para cobrir os custos do terremoto, do tsunami e da crise nuclear.

Forças Armadas para resfriar reator

Nas primeiras horas desta quarta-feira equipes tentaram se aproximar dos reatores da usina de Fukushima de helicóptero, mas a alta radiação impediu. Agora, a agência nacional de energia nuclear do Japão estuda usar as Forças Armadas para ajudar a evitar que o vazamento nuclear cresça na usina que fica a 24okm de Tóquio. A mesma agência informou que o nível de radiação da usina teve um pico (10.850 microsieverts) no começo da tarde (horário do Japão, madrugada no Brasil), mas que reduziu bastante, uma hora depoios, atingindo 2.331 microsieverts.

Com informações da Reuters


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