Jorge Seadi
A Airbus, fabricante do avião da Air France que caiu no Oceano Atlântico em junho de 2009 com 228 pessoas a bordo, foi acusada de homicídio culposo pela Justiça da França nesta quinta-feira (16). No voo que partiu do Rio de Janeiro, morreram 228 pessoas. A Air France foi convocada hoje (17) para audiência e poderá ser indiciada também.
O presidente da empresa, que é a segunda maior fabricante mundial de aviões, Thomas Enders, confirmou que a Airbus foi indiciada e disse “que não aceita a decisão da Justiça francesa porque a considera prematura”. A determinação foi da juíza Sylvie Zimmerman. O presidente da Airbus afirma que sua empresa vai continuar cooperando com as investigações. No próximo dia 20, vai ser retomada a procura das caixas pretas em uma nova zona de 10 mil km2. Esta será a quarta fase de busca do avião acidentado, que poderá se estender até julho. Será dividida em três etapas de 36 dias cada uma.
O indiciamento da Airbus é o primeiro do acidente com um A330, que caiu no Oceano Atlântico na noite de 1º de junho em voo que decolou do aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Apenas 3% do avião e 50 corpos foram resgatados nos primeiros dias após o acidente. Na aeronave, estavam cidadãos de 32 nacionalidades, entre eles 72 franceses e 59 brasileiros.
Até o momento, os dados obtidos pela investigação indicam que a falha das sondas de velociade Pilot é um dos itens que explicam o acidente, mas não o único. Especialistas dizem que a Air France demorou muito para reagir diante dos problemas de confiabilidade apresentados pelas sondas Pilot. De acordo com investigações, as sondas enviaram dados errados aos pilotos, mas não foram as únicas causas da catástrofe. A Airbus reitera que afirmações como esta são prematuras porque “as caixas pretas não foram localizadas”.
Com informações do UOL
