Rui Felten
Estados Unidos e Brasil removeram, em sigilo, os suprimentos e as máscaras de oxigênio dos banheiros de aviões comerciais, em medida de precaução contra o terrorismo. A notícia é do jornal Folha de S.Paulo, que afirma ter obtido a informação com exclusividade. Segundo o jornal, a agência de aviação norte-americana FAA tomou a iniciativa e a brasileira Anac seguiu o exemplo. Nos Estados Unidos, 6 mil aeronaves teriam passado pelas modificações. No Brasil, o número seria 400, envolvendo, entre outros, aviões TAM, Gol, Avianca, Azul e Webjet. Aqui, o prazo para o término das adaptações estaria se encerrando hoje.
A explicação para a retirada dos equipamentos de oxigênio dos banheiros seria porque esses instrumentos, instalados na parte superior dos compartimentos, poderiam ser utilizados como explosivos. Por isso, a FAA e o serviço de inteligência norte-americano já teriam orientado também a Comunidade Europeia e outros países a seguirem a medida.
Para os passageiros, a ausência de máscaras de oxigênio nos banheiros pode ser um risco se houver despressurização na aeronave. Se isso ocorrer em uma altitude em torno dos 12 mil metros e a pessoa ficar por muito tempo sem a máscara, pode perder a consciência e morrer. Mas, segundo a FAA, a possibilidade de isso acontecer é rara e, no caso de ocorrer despressurização nessas condições, os pilotos diminuem imediatamente a altitude. De qualquer forma, com os banheiros sem as máscaras, os comissários de bordo ficarão instruídos a abrir os banheiros e socorrer os passageiros se houver essa necessidade.
Com informações do UOL