Jorge Seadi
A polícia do Rio de Janeiro quer ouvir os responsáveis pelos barracões que incendiaram ontem, na Cidade do Samba. As causas do incêndio ainda são desconhecidas e, por isso, o delegado Daniel Mayr, titular da 4ª delegacia responsável pelo inquérito, quer ouvir os responsáveis pelos barracões das escolas de samba. O delegado vai ouvir os responsáveis pelas escolas Unidos da Ilha, Portela e Grande Rio, além do barracão da própria liga independente das escolas de samba.
O delegado Daniel Mayr não descarta a possibilidade de também ouvir o responsável pela administração de toda a Cidade do Samba. “Apesar de estarem todos ocupados, as intimações vão acontecer durante a semana”, disse o delegado. O inquérito foi aberto ontem mesmo, mas até agora a Polícia não ouviu ninguém. O delegado afirmou que só trabalha com fatos concretos e, por isso não fez nenhum comentário sobre qualquer tipo de razão para o sinistro. O inquérito deverá estar concluído em 30 dias, afirmou o delegado.
Enquanto isto, as escolas atingidas pelo fogo trabalham para tentar recuperar o prejuízo. A Liga das Escolas já definiu que nenhuma escola será rebaixada este ano e em 2012 serão 13 escolas desfilando. As escolas atingidas pelo incêndio — União da Ilha, Portela e Grande Rio — não terão seus desfiles julgados pela comissão que avalia os desfiles. O incêndio mudou também a ordem dos desfiles, marcados para os dias 6 e 7 de março. A Portela que iria desfilar no segundo dia vai entrar na Marques do Sapucaí no dia 6 e a Mocidade Independente de Padre Miguel que desfilaria no domingo (6) vai para a avenida no dia seguinte.
A Liga das Escolas também decidiu que aqueles que compraram ingresso e não gostaram das alterações realizadas podem receber o valor dos ingressos de volta.
Com informações do UOL
