Igor Natusch
Atualizado às 22h55
O Ministério Público (MP) e a Polícia Civil do RS pediram na noite de segunda-feira (28) a prisão preventiva de Ricardo José Neis, que atropelou ciclistas do grupo Massa Crítica na noite da última sexta-feira (25), em Porto Alegre. A solicitação foi feita pelos promotores Eugênio Amorim e Maria Lúcia Callegari, do Tribunal do Juri de Porto Alegre. O pedido, segundo o MP, baseia-se no histórico de multas do acusado. Além disso, as imagens que mostram o atropelamento também teriam sido decisivas para o pedido. O cumprimento do pedido deve acontecer ainda esta noite.
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O acontecimento da última sexta-feira (25), quando dezenas de ciclistas foram atropelados em Porto Alegre, motivará um ato de apoio do grupo Bicicletada Rio de Janeiro. Os ciclistas cariocas sairão da Cinelândia a partir das 18h de terça-feira (1º), vestindo roupas brancas e carregando flores em nome da paz no trânsito. “De Bicicleta, skate, patins ou à pé, a idéia é ir de branco e levar uma flor pedindo paz no trânsito”, diz a chamada feita pelo grupo por meio do Facebook. O ato coincide com convocação do Massa Crítica de Porto Alegre, que sairá do Largo Zumbi dos Palmares no final da tarde de amanhã (1º).
A agressão ocorreu no começo da noite de sexta-feira (25), na esquina das ruas José do Patrocínio e Luiz Afonso, em Porto Alegre. Um desentendimento anterior, no qual uma pequena colisão ocorreu, teria sido o estopim da violência. Logo após o primeiro incidente, o veículo acelerou por cima dos ciclistas, vindo de trás. Após a agressão, o veículo fugiu. Mais tarde, o carro foi encontrado, abandonado e com os vidros quebrados, em uma rua do bairro Partenon.
O motorista foi identificado como Ricardo José Neis, 47 anos, funcionário do Banco Central na capital gaúcha. Neis apresentou-se à polícia nesta segunda-feira (28). No depoimento à polícia, alegou que os atropelamentos ocorreram enquanto tentava escapar de uma tentativa de agressão por parte de alguns dos ciclistas presentes.
A reportagem do Sul21 conversou brevemente com o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati. O prefeito considerou “horrível” o atropelamento, mas ressalvou que o diretor da EPTC, Vanderlei Capellari, “não disse” que os ciclistas estavam errados. “Ele só disse que a EPTC não foi avisada (do ato dos ciclistas)”, declarou.
