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18 de janeiro de 2011
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13:01

Tragédia no Rio de Janeiro: começa a retirada de pessoas das áreas de risco

Por
Sul 21
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Tragédia no Rio de Janeiro: começa a retirada de pessoas das áreas de risco
Tragédia no Rio de Janeiro: começa a retirada de pessoas das áreas de risco

Valter Campanato/ABr
Militares resgatam corpos na Prainha de Conquista, região assolada pelas chuvas fortes dos últimos dias | Foto: Valter Campanato/ABr

Jorge Seadi

Hoje (18) completa uma semana da tragédia que atingiu 7 cidades na região serrana do Rio de Janeiro com centenas de mortos, milhares de desabrigados e prejuízo de bilhões. Apenas hoje as pessoas que continuam nas áreas de risco na cidade de Nova Friburgo, a mais atingida pela chuvas, começam a ser retiradas. A possibilidade de continuar chovendo coloca em risco 18 locais na cidade, mas nem todos os moradores deixam suas casas voluntariamente.

Segundo o jornal O Globo, a remoção das famílias começará pelo bairro Alta Floresta. Mais de 1400 pessoas devem ser removidas destas áreas de risco. Mas as autoridades não têm certeza deste número porque muitos podem ter morrido e outros já podem ter saído das casas. A decisão de retirar os moradores destas regiões foi tomada em conjunto entre a Prefeitura de Nova Friburgo, a Defesa Civil e o Ministério Público Estadual.

O promotor Vinicius Cavalheiro disse que as pessoas que se negarem a sair poderão ser obrigadas a deixar o local por força da Justiça. “Em caso de recusa do morador de sair, acionamos o juiz que estiver de plantão no Fórum para conseguirmos uma liminar”, confirmou promotor. Abrigos usados para acolher vítimas de tsunami, doadas por uma ONG,  serão colocados em diversos pontos da cidade para receber estas pessoas. Estas barracas, com capacidade para receber 10 pessoas cada, possuem equipamentos de sobrevivência, cozinha separada com fogareiro, panelas, talheres, pratos, purificador e armazenador de água, além de cobertores.

Desabrigados e desalojados

O número de desabrigados e desalojados já chegou a 14 mil pessoas. Outro número que impressiona as autoridades é o de desaparecidos. Em Teresópolis já são 177, em Petrópolis, 26, e em Nova Friburgo pode haver centenas de pessoas em locais isolados.

Já são 672 mortos de acordo com os números oficiais das prefeituras. Nova Friburgo tem 318 mortos; Teresópolis, 274; Petrópolis, 58; Sumidouro, 20; e em Vale do Rio Preto, 2 mortos. A Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informa que são 665 mortos. A maioria já está sepultada.

A previsão do tempo para a região serrana nesta terça-feira é de pancadas de chuvas  e trovoadas em todas as cidades.

Desde ontem, 700 militares do Exército trabalham  na região serrana do Rio de Janeiro. São militares especializados na construção de pontes móveis que vieram do Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Estas pontes vão substituir as que foram levadas pelas águas e deixaram vários locais isolados. Elas têm capacidade para receber veículos de grande porte como caminhões e escavadeiras, necessárias para a limpeza dos locais atingidos pelos desmoronamentos.

Com informações do G1


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