Jorge Seadi
O principal problema do tráfico de drogas e armas está na fronteira. Por isso, o governo brasileiro decidiu fazer um investimento bilionário para que o Exército Brasileito que tem poder de polícia na fronteira, tenha boas condições de realizar seu trabalho. Principalmente na Amazonia.
A constatação principal de que a fronteira terrestre brasileira é vulnerável foi possível depois da implantação do Sipam (Sistema de Proteção da Amazonia). Com o monitoramento do tráfego aéreo na região, os contrabandistas de armas e os traficantes passaram a usar vias terrestres e rios para levar os produtos até os grandes centros.
O projeto prevê o investimento, primeiro no aumento dos Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) que hoje são 21 e passarão a 49 no final da implantação do projeto que será feito em tres etapas.
Além do aumento do número de PEF,o projeto prevê radares de imagem, radares de comunicação nos mais diversos graus de sofisticação, veículos aéreos não tripulados (vants) e blindados. O investimento previsto é de US$ 6 bilhões ou R$ 10 bilhões. O Sifron deverá estar concluído em 2019. O Brasil tem 17 mil quilômetros de extensão e faz divisa com 10 países e 11 estados.
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Violência Urbana, na Câmara Federal, levantou 18 pontos vulneráveis na fronteira brasileira por onde o tráfico de drogas e armas entra no país. Segundo a CPI, a maioria destes pontos estão nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul que fazem divisa com Argentina, Uruguai e Paraguai.
Este investimento no Exército faz parte do plano de investimentos nas Forças Armadas que inclui submarino nuclear para a Marinha e novos caças para a FAB.
Com informações da Folha de S.Paulo
