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24 de janeiro de 2011
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20:18

Cpers começa a discutir campanha salarial e calendário de mobilizações

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Sul 21
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Cpers reivindica o piso salarial /Foto Divulgação Cpers

Felipe Prestes

O Cpers Sindicato reúne o Conselho Geral Ampliado no dia 4 de fevereiro para discutir a campanha salarial, o calendário de mobilizações e como encaminhar as negociações com o governo. “Vamos definir o quê vamos reivindicar, quando vamos reivindicar e de que forma vamos reivindicar”, explica a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira. A reivindicação salarial, porém, já está definida: a entidade mantém a busca pelo cumprimento do piso nacional.

O Conselho Ampliado reunirá 87 conselheiros, 42 diretores de núcleos regionais, 15 membros da diretoria. E cada um destes participantes poderá levar consigo um convidado. “Faremos este conselho maior para a gente poder acumular coletivamente e fazer o bom debate da campanha salarial”, afirma a presidente do Cpers.

As reivindicações da entidade não devem mudar após a discussão do Conselho. Existe uma plataforma de 17 pontos que foi aprovada em agosto de 2010. Na pauta da entidade, além da questão do piso nacional, estão a realização de concursos públicos, a liberação dos dirigentes para atividades sindicais — que havia sido reduzida pela ex-governadora Yeda Crusius –, a efetivação de promoções e a manutenção do plano de carreira. “Temos 17 pontos que fazem parte de nossa plataforma, que nós não podemos abrir mão”, diz Rejane.

Calendário

Rejane de Oliveira, presidente do Cpers / Foto Divulgação Cpers

As principais definições do Conselho Geral Ampliado serão a dos calendários relativos à campanha salarial que o Cpers promove todos os anos. A entidade deve definir, neste encontro, um calendário de negociações com o governo do estado e, também, a forma como encaminhará estas negociações. “Assim que o Conselho definir a data, vamos oficiar ao governo. Pretendemos abrir o processo de diálogo o mais rápido possível”, afirma Rejane.

O Cpers vai decidir também um calendário de mobilizações. “Sempre que fazemos uma reivindicação, ou abrimos um processo de negociação, fazemos isso com mobilização. Então, para fazer a campanha salarial, também temos que fazer o calendário de mobilização”. A principal mobilização será a assembleia geral, cuja data também será definida na reunião do Conselho. A ideia de Rejane de Oliveira é de que a assembleia seja realizada ainda em março.

Desta assembleia, podem participar todos os associados ao sindicato. Rejane explica que a pauta da assembleia geral varia de acordo com a conjuntura. “Se tivermos uma proposta do governo, é para avaliar a proposta. Se o governo não apresenta nenhuma proposta, é para desencadear o processo de negociação. Se tiver algum ataque dos nossos direitos, é para fazer o enfrentamento”, exemplifica.

Sem STF

Foto Divulgação/ Cpers

Hoje, o piso nacional é de R$ 1.312 para 40 horas semanais, ou metade disto (R$ 656) para 20 horas. O básico para o professor gaúcho é de R$ 356 para 20 horas, pouco mais que a metade do piso nacional. Rejane de Oliveira vê como um bom sinal a notícia de que o governo Tarso quer retirar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) que fora ajuizada pela ex-governadora Yeda Crusius no STF, contestando o piso nacional. Entretanto, a presidente do Cpers diz que a melhor demonstração que o governo Tarso pode dar de que é a favor do piso é pagá-lo aos professores. “Se o governo entende que é justo o piso, ele não precisa esperar o resultado do STF. Basta pagar. A manifestação concreta do governo Tarso de contrariedade à Adin, deve ser implementando o piso no RS”, diz.

Rejane de Oliveira conta que o governador teria prometido cumprir com o piso, e atender outras reivindicações da entidade, em debate realizado pelo Cpers durante a campanha eleitoral, e também em um documento. “O Tarso, durante sua participação no debate do Cpers e em um documento assinado por ele, que foi enviado para nós, se compromete a pagar o piso e a liberar os dirigentes sindicais”.

Assim, a líder sindical acredita que o governador irá cumprir com estas promessas. “Já temos o compromisso de Tarso, tanto pessoalmente, quanto por escrito, dizendo que vai garantir estas questões. Acreditamos que, se ele prometeu, agora deverá cumprir”.


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