Jorge Seadi
O governo Lula está terminando o mandato com um recorde na construção civil: o crescimento de 11%, índice só alcançado no Plano Cruzado, em 1986. O Sinduscon, sindicato da construção civil, projeta para o ano que vem uma redução, com o crescimento chegando a 6%.
Segundo Ana Maria Castelo, da Fundação Getúlio Vargas, “é um retorno a um dígito, mas não se pode dizer que é ruim porque a base é muita alta”.
Segundo o Sinduscon, a redução no crescimento prevista para o ano que vem se justifica pela falta de mão de obra, terrenos centrais e financiamentos de longo prazo para manter a taxa de crescimento. “2010 põe fim a um ciclo de expansão do setor que usou mais e melhor o que existia. Este modelo de crescimento lastreado na estrutura atual está no limite”, diz Eduardo Zaidan, diretor de economia do Sinduscon, São Paulo. Eduardo faz um alerta: “ou o país encotra um novo patamar no ano que vem ou decresce”.
Já o Sinduscon do Rio Grande do Sul diz que é preciso encontrar outras fontes de financiamento para a construção civil. Mauro Touguinho, vice-presidente do Sinduscon/RS, diz que em “países com volumes menores de financiamento, o mercado tem grande dependência do governo na disponibilização de recursos. O Brasil é um deles e, por isso, 97% das fontes de financiamento do crédito imobiliário são oriundas do FGTS e da poupança”.
Com informações da Folha de São Paulo