Jorge Seadi
Não houve acordo entre empresas e sindicatos dos trabalhadores das empresas aéreas e, amanhã, às 6 horas, deve começar uma greve dos funcionários por tempo indeterminado. A informação é confirmada pelo presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Gelson Fochesato. Amanhã, às 5 horas, haverá uma reunião de mobilização nos principais aeroportos do país para dar início à greve.
Gelson Fochesato diz que as empresas áereas querem a greve para não assumir a responsabilidade sobre o “caos nos aeroportos que vai acontecer de qualquer forma, com ou sem greve”. Fochesato ressalta que a greve vai ajudar as empresas “porque vai esconder a falta de gente e de planejamento para esta época do ano”.
O presidente do Sindicato também criticou o governo e, em especial a Infraero, que não tomou nenhuma atitude nos últimos 3 anos para melhorar a operação nos aeroportos. Ele dá o exemplo do Salgado Filho que teve que reabrir o terminal antigo, porque o novo já está defasado e “não há mais espaço para tender os passageiros e nem para os aviões”.
A greve, que promete tumultuar ainda mais o final de ano dos passageiros das companhias aéreas, acontece porque não houve acordo para o reajuste salarial das duas categorias — aeronautas (tripulantes e comissários) e aeroviários (pessoal de terra). Na reunião realizada nesta terça-feira (21) à tarde, em Brasília, as empresas não apresentaram nova proposta, como era esperado pelos sindicatos. Com o impasse, a greve foi confirmada. O presidente do Sindicato dos Aeronautas, Gelson Fochesato advertiu os passageiros que já compraram passagem para que procurem as companhias aéreas para acertarem como vão viajar. Gelson garantiu que os sindicatos vão respeitar a lei de greve que determina o mínimo de 30% dos trabalhadores na operação.
As empresas aéreas, no entanto, não acreditam que a greve vá acontecer. As companhias dizem que não “haverá adesão à greve”.
Com informações da Folha de S.Paulo (nacional) e Rádio Guaíba (regional)
