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3 de dezembro de 2010
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12:06

Catanduvas pede reforço na segurança depois da transferência de presos cariocas

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

A cidade paranaense de Catanduvas pediu reforço de policiamento à Polícia Militar do Paraná. As autoridades estão preocupadas com ações de retaliação promovidas por traficantes em represália à transferência de 26 presos envolvidos nos conflitos com as forças militares do Rio de Janeiro.

Nesta quinta-feira, chegaram os últimos seis traficantes presos no Rio. O vice-diretor da prisão federal de segurança máxima de Catanduvas, Daniel Sena, pediu reforço policial para o presídio e também para a cidade. Catanduvas tem 10.208 habitantes e fica a 480km de Curitiba, capital do Paraná. Segundo o diretor do presídio, a rotina diária norturna da prisão já foi alterada com o aumento do efetivo de guardas. Sena pediu à PM mais policiamento nas ruas da cidade e também solicitou mais efetivos para as guaritas da prisão.

A Secretaria de Segurança do Paraná também decidiu reforçar o policiamento nas estradas que ligam o estado com São Paulo e o Mato Grosso do Sul. O secretário de segurança do Estado, coronel Aramis Linhares Serpa, justifica o reforço com a possibilidade de represalia do tráfico de drogas porque os líderes presos no Rio estão no Paraná.

Na última transferência de presos, seis no total, está um dos traficantes mais procurados do Rio nos últimos anos, o Eliseu Felício de Souza, o Zeu, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes. Zeu estava foragido desde 2007 e foi preso no Morro do Alemão.

O presídio de Catanduva foi a primeira prisão federal de segurança máxima construída no país e foi inaugurada em 2006. Tem 260 agentes com salário inicial de R$ 5.500,00. Nos próximos dias vai trocar a direção do presídio. O delegado da Polícia Federal, Fabiano Bordignon será substituído pelo também delegado federal Rogério Sales.

Autoridades dizem que a ordem para os ataques dos traficantes queimando carros, no Rio de Janeiro, partiu de dentro do presídio de Catanduvas através da advogada de Marcinho VP. Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, e Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, também teriam encomendado a compra de 11 fuzis para o Comando Vermelho dominar o Complexo do Alemão. Os dois traficantes e mais 11 presos considerados  de alta periculosidade foram transferidos de Catanduvas para o presídio federal de Segurança Máxima de Porto Velho, em Rondonia.

Com informações do UOL


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