Milton Ribeiro
O brasileiro segue otimista com o comportamento socioeconômico nacional, tanto para o período de um ano como para o prazo até cinco anos. A constatação é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a partir do Índice de Expectativas das Famílias (IEF) relativo ao mês de outubro, que foi divulgado nesta quarta-feira (3). O otimismo, segundo o estudo, não abrange apenas as classes de menor renda ou grau de instrução.
55% daqueles que recebem até um salário mínimo esperam uma melhor situação para os próximos 12 meses, enquanto 64,7% dos que recebem antre quatro e cinco salários têm a mesma opinião. As outras faixas mantêm-se entre estes percentuais.
Se o recorte for a escolaridade, a variação da expectativa de mehor situação para o mesmo período fica entre 57,6% (para quem tem nível superior incompleto) e 64,4% (para quem tem nível médio incompleto).
As expectativas sobre a situação financeira das famílias daqui a um ano é bastante homogênea. O percentual de otimistas varia de 73,8%, para aqueles que ganham até um salário mínimo, a 85,9% para aqueles que recebem de cinco a dez salários mínimos. A situação é similar quando o critério é o de escolaridade.
Além disso, a pesquisa mostra que 92,9% das pessoas não planejam tomar financiamentos ou empréstimos nos próximos três meses. Entre aqueles com contas atrasadas, apenas 38% acreditam que não conseguirão saldar seus compromissos.
Segundo o Ipea, o cenário de otimismo está ligado às projeções sobre o mercado de trabalho, com expectativa positiva da manutenção da ocupação por parte do responsável pelo domicílio e dos outros membros que trabalham.
A pesquisa abrangeu 3.810 domicílios de mais de 200 municípios, em todas as unidades federativas. A margem de erro é de 5%.
Com informações da Rede Brasil Atual.
