Jorge Seadi
O Enem, realizado no último final de semana, está suspenso por determinação da Justiça Federal do Ceará. O Ministério da Educação promete recorrer. O ministro Fernando Haddad disse nesta manhã de terça-feira (9) na Rede Globo que aplicará uma nova prova àqueles que se sentirem prejudicados pelos problemas apresentados nas provas do último final de semana. Tal fato “não prejudicará a igualdade entre os concorrentes”, afirmou.
O ministro afirmou no programa Bom Dia Brasil que vai demonstrar à Justiça que fazer uma nova prova para os alunos que se sentiram prejudicados não será problema porque “a tecnologia educacional permite isto”. Haddad disse também que a juiza Karla de Almeida Miranda, da 7ª vara federal do Ceará, vai reconsiderar sua decisão de suspender o Enem. Mas adiantou que, caso isto não aconteça, o MEC vai entrar com recurso.
Ao comentar os problemas apresentados na aplicação das provas, durante o último final de semana — perguntas com mais de uma resposta correta, cadernos com perguntas repetidas e faltando outras — , o ministro disse que em “todos os vestibulares e concursos são passíveis de terem questões anuladas por uma razão ou outra”.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção de São Paulo e a Defensoria Pública da União (DPU) já haviam defendido a anulação da prova, mas o presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais, Joaquim Soares Neto, responsável pela aplicação das provas, disse que isto “seria impossível”.
O Enem teve 4,6 milhões de inscrições em todo o país com 29% de abstenção, totalizando 3,3 milhões de alunos que compareceram às provas em 1.698 cidades em todo o país. A previsão do MEC é que os participantes do Enem concorressem a 83 mil vagas em 83 universidades federais do Brasil.
O presidente Lula que está em Moçambique disse que, apesar dos problemas o Enem “foi um sucesso” e acrescentou que as dificuldades “não vão alterar o resultado da prova”.
Com informações do UOL, G 1 e Rede Brasil Atual