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12 de novembro de 2010
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12:21

G20 pretende evitar a guerra cambial

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

A reunião do G20, realizada em Seul, terminou com a promessa dos líderes de não provocar a desvalorização de suas moedas e de contribuir numa cooperação global para reduzir os desequilíbrios. Este é o resumo do comunicado final do encontro.

O comunicado destaca que utilizará um sistema de taxas de câmbio “determinadas pelo mercado” e que o G20 se compromete a não realizar a “desvalorizações competitivas de moedas”, fazendo parte do “Plano de Ação de Seul”.

Após dois dias de conversações, as 20 maiores economias do mundo entenderam que se a política econômica permanecesse como está, haveria um desastre geral. O grupo de países ricos e emergentes, reunidos na Coreia do Sul, entendeu que é preciso aplicar mecanismos para manter os níveis de conta corrente sustentáveis, de acordo com critérios definidos por grupos de trabalho com a orientação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Além da definição de acabar com a guerra cambial, o G20 também aceitou a reforma do Fundo Monetnário Internacional (FMI) que dá maior peso a economias como da China e do Brasil, agora com mais influência nas decisões do Fundo.

Os Chefes de Estado e os de Governo autorizaram os ministros da Fazenda e os presidentes dos Bancos Centrais a continuarem analisando as reformas do FMI e do Banco Mundial.

Brasil

O presidente Lula, em seu discurso no G20, pediu que os dirigentes mundiais não tomem medidas unilaterais sem antes pensar nas repercussões de suas ações nos demais países. O presidente brasileiro se referiu a decisão do Federal Reserve (FED) americano de colocar US$ 600 bilhões na economia comprovando títulos do tesouro. E acrescentou “não há medidas unilaterais que não tenham repercussão em todo do mundo”.

Depois da reunião do G20, o presidente brasileiro se reuniu com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para tratar da compra dos caças Rafaele, fabricados naquele país europeu.

Estados Unidos

Depois da reunião do G20, o presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, disse em entrevista coletiva que “as taxas de câmbio devem refletir as realidades econômicas. O presidente americano lembrou que a China gasta muito dinheiro para manter a sua moeda subvalorizada e, “agora vai ter que fazer uma transição gradual até o valor de mercado”. Esta é a melhor maneira de garantir que todos se beneficiarão do crescimento econômico, acrescentou Obama.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, continua defendendo a substituição do dólar por uma “cesta de moedas como divisa-referência no mundo, “porque o dólar está fragilizado no momento e dá prejuízo ter reservas em moeda americana”. O ministro lembrou que antigamente dois ou três países mandavam no mundo, “mas agora não é mais assim. A tendência é que a medida que surjam outras economias, ocorra um sistema múltiplo de moedas”. E lembrou que, apesar de ser tendência não é fácil de acontecer porque a economia mundial está acostumada a negociar com o dólar.

Com informações da Agência Brasil, UOL e G1


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