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23 de novembro de 2010
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12:02

Coreia do Norte mata 2 e fere 15 em ataque à ilha sul-coreana

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

A tensão entre as duas Coreias volta a crescer. Esta manhã, a Coreia do Norte atacou uma ilha da Coreia do Sul matando 2 militares e ferindo outras 15 pessoas — 5 delas em estado grave — além de 3 civis. O governo sul-coreano reagiu imediatamente enviando caças F15 e F16 para a região.

Agências estatais de Seul disseram que a Coreia do Norte iniciou o tiroteiro e Pyangyan diz, ao contrário, que quem começou foi a Coreia do Sul. “Uma unidade de artilharia executou disparos de provocação às 14h30 (3h30 hora de Brasília) e as tropas sul-coreanas responderam imediatamente”, confirma comunicado do Ministério da Defesa da Coreia do Sul. As Forças Armadas estavam fazendo exercícios navais e o Norte parece ter disparado para mostrar sua oposição”, disse uma fonte militar da Coreia do Sul a uma emissora de televisão local, a YTN. O Ministério de Defesa da Coreia do Sul disse, em comunicado, que “o ataque foi intencional e planificado e é uma clara violação do armistício assinado entre os dois países”.

Os disparos foram feitos contra a ilha de Yeonoyeang, localizada no Mar Amarelo com mil habitantes. É uma  área disputada pelas duas coreias e que já alvo de incidentes anteriores. Casas foram incendiadas no ataque e o governo determinou a imediata retirada dos moradores do local. A ilha está situado a pouco mais de 100 km da capital sul-coreana, Seul.

Porta-voz da presidência da Coreia do Sul confirmou que o presidente Lee Myung-Bak convocou uma reunião de emergência em seu gabinete para definir o que fazer com o incidente militar. A mesma fonte completou que o presidente pediu aos comandantes militares que atuem para evitar um aumento na escalada militar. O presidente Lee, no entanto, alertou que, se o governo norte-coreano do presidente Kim Jongil continuar com os ataques, “terá resposta imediata”.

A Casa Branca já se manifestou em apoio a Coreia do Sul, condenando energicamente a ação militar da Coreia do Norte. Rússia e China também já se manifestaram contra a ação militar. As duas Coreias estão, oficialmente , em guerra desde 1953, mas um cessar-fogo assinado desde então evita o conflito, apesar de deixar a região em constante alerta.

Desde ontem os governos dos Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul estão discutindo que medidas vão tomar depois da revelação da existência de outra usina nuclear norte-coreana, revelada em reportagem do jornal The New York Time no último final de semana. O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, disse que “a nova usina na Coreia do Norte é um risco porque permite que o país comunista fabrique mais armas nucleares”.

Este incidente é o segundo neste ano. O primeiro foi em março, quando um torpedo disparado por navio norte-coreano atingiu embarcação da Coreia do Sul matando 46 marinheiros. Investigação internacional comprovou que o ataque partiu do navio da Coreia do Norte que, no entanto, continua negando o incidente.

Com informações do UOL e do ABC.es


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