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6 de outubro de 2010
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15:19

Governo argentino diz que Chile não apresentou provas contra Apablaza

Por
Sul 21
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Jorge Seadi

O asilo político concedido pelo governo argentino para o ex-guerrilheiro chileno Galavarino Apablaza está provocando discussão na própria Argentina. A oposição não aceitou a decisão da Comissão Nacional de Refugiados (Conare) e pediu explicações ao presidente Federico Agusti.

O chefe de gabinete do governo argentino, Aníbal Fernández, defendeu a decisão do Conare em dar asilo ao chileno Apablaza. Ele qualificou a medida como “humanitária e pacífica”. E disse também que o Chile “não apresentou em momento algum provas de que as ações de Apablaza comprovariam terrorismo”. E completou: “Se o Chile tivesse mais provas nós teríamos, quem sabe, outra posição”. Apablaza está a 17 anos na Argentina e, em todo este período, o governo chileno não apresentou provas. “Nunca na causa penal e no processo de extradição foi colocada prova suficiente para comprovar a participação de Apablaza no assassinato do senador Jaime Guzmán”. O senador foi também assessor para assuntos jurídico-políticos do governo de Augusto Pinochet e fundador do partido de extrema-direita UDI, a União Democrática Independente.

A decisão argentina provocou reações no governo do Chile, o qual acabou cortando relações bilaterais e cancelando reunião entre embaixadores dos dois países, além de também desmarcar encontro que trataria de geração de energia. As reuniões estavam programadas para o final deste mês e começo de novembro.

Com informações do El Mercúrio


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