Jorge Seadi
A candidata a presidência da República, Dilma Rousseff, começou hoje a campanha para o segundo turno. No Rio de Janeiro, participou de carretas acompanhada do governador reeleito Sérgio Cabral. “Começo aqui no Rio porque temos aqui um exemplo de parceria bem sucedida. Nós, o governo federal, estadual e as prefeituras, colocamos como prioridade a questão das pessoas na Baixada Fluminense. Iremos priorizar o saneamento e o tratamento d’água”, ressaltou a candidata.
Em três oportunidades Dilma não respondeu as perguntas sobre o tema do momento, o aborto e a reação das igrejas evangélicas. Dilma afirmou que o que importa é a vida concreta das pessoas. A candidata também disse hoje ser contra o ajuste fiscal como forma de estancar a valorização do real, mas defendeu o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), medida já aplicada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. A candidata disse acreditar “que o ajuste fiscal não tem relação com o câmbio. A questão do câmbio nos Estados Unidos e nos países desenvolvidos tem relação com o fato deles ainda estarem em crise profunda. E essa crise não vai ser resolvida pela crise fiscal”.
Na carreata desta quarta-feira, Dilma não fez o corpo a corpo repetindo o que fizera nas oito vezes em que foi ao Rio de Janeiro na campanha do primeiro turno.
Já o candidato a vice, Michel Temer (PMDB), disse hoje a tarde que seu partido vai solicitar mais espaço na campanha de Dilma, neste segundo turno. E Temer ressaltou que a candidata concordou com o pedido. “O que o PMDB reclamou é que eu não tive espaço para participar dos programas de rádio e TV. Uma palavra minha chamando os peemdebistas seria muito útil na campanha”.
Campanha reforçada
Na reunião de terça-feira, em Brasilia, o deputado Ciro Gomes passou a integrar o comando de campanha de Dilma Rousseff. Hoje foi a vez do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha entrar fundo na campanha. O ministro tirou férias do ministério para se dedicar a tempo integral a campanha do segundo turno.
A ida do ministro para acompanhar Ciro no comando da campanha tem dois objetivos: garantir a participação de governadores, prefeitos, deputados e senadores na busca de votos para Dilma, e mobilizar movimentos sociais ligados a juventude, saúde, sindicatos e meio ambiente. O ministro vai trabalhar naqueles votos que na última hora migraram da Dilma para Marina Silva.
Com informações do Terra
