Jorge Seadi
O ministro do Interior do Chile, Rodrigo Hinzpeter, afirmou hoje que o seu governo apresentou provas suficientes para a extradição do ex-guerrilheiro Apablaza. A declaração do ministro do interior é uma resposta ao chefe de gabinete de Cristina Kirchner, Anibal Fernández, que disse que o Chile não apresentou provas que justificassem a extradição de Galvarino Apablaza.
O ministro Rodrigo lembrou que “A Suprema Corte da Argentina entendeu que as provas apresentadas pelo Chile foram claras e suficientes para a extradição”. E completou: “Acredito que a opinião pública sabe que existem boas e fortes razões de direito para que seja decretada a devolução de Apablaza para o Chile”.
Galvarino Apablaza, 59 anos, vive na Argentina desde 1998 e pediu asilo político em 2004. Ele é acusado pelo governo chileno de assassinar o senador Jaime Guzmán e de sequestrar o empresário Christian Edwards em 1991. Apablaza é casado com uma argentina que trabalha na Casa Rosada, sede do governo da Argentina.
O ministro do Interior do Chile, Rodrigo Hinzpeter disse que o governo de seu país tratou com cautela este caso — “As relações que temos com a Argentina são relações importantes no âmbito cultural, econômico e, portanto, devemos atuar com prudência e energia para mostrar, com a cautela necessária, o mal estar causado. Entendemos que se trata de um país vizinho, importante para nosso país”. Perguntado se o governo chileno já deu como superado o episódio, Hinzpeter disse “que este não é um tema para ser dado como superado ou não. O importante é sublinhar com profundidade o mal-estar criado e também deixar ter claro que este episódio não pode prejudicar as relações entre os dois países em todos os setores”.
E o ministro confirmou que o governo chileno continua tomando providências para trazer Apablaza para ser julgado no Chile.
Com informações do La Tercera
