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20 de outubro de 2010
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19:19

Ambientalistas divulgam manifesto de apoio a Dilma

Por
Sul 21
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Ambientalistas divulgam manifesto de apoio a Dilma
Ambientalistas divulgam manifesto de apoio a Dilma
Marcello Casal Jr/ABr
Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Jorge Seadi

Um grupo de ambientalistas divulgou hoje (20) uma carta de adesão à candidatura de Dilma Rousseff, do PT, à presidência da República, durante ato público em defesa do meio ambiente, do qual a candidata participou. Os autointitulados “marineiros da Dilma”, afirmam no documento que o candidato tucano José Serra “é a direita de sempre” e que tem “transformado o preconceito em seu principal aliado”. Eles avaliam que um governo de coligação do PSDB e DEM afastaria o país de “um futuro de mais inclusão social”.

Os “marineiros de Dilma” também criticam o PT, dizendo que a candidata derrotada à presidência do Partido Verde, Marina Silva, foi vítima do sectarismo da “velha esquerda”, representada pela candidatura de Dilma. A candidata petista recebeu o apoio de parte dos militantes do Partido Verde num evento em Brasília, tumultuado por representantes do Greenpeace.

Durante seu discurso, a candidata Dilma Rousseff teve sua fala interrompida por duas mulheres representantes do Greenpeace que queriam o compromisso da candidata com o desmatamento zero e com a aprovação do projeto em tramitação no Congresso de incentivos a energias renováveis.

Militantes do PT tentaram retirar as duas do plenário, mas foram impedidos por Dilma Rousseff, dizendo que sua candidatura é democrática. Ela se negou a assinar o documento e irritada afirmou: “não faço leilão político para ganhar apoio”. Na saída, Dilma classificou a proposta como demagógica. E completou: “a minha assinatura não vai em qualquer compromisso que botam na minha frente e dizem – assina – porque isto é desrespeitoso”.

Dilma reafirmou compromissos na área ambiental, como o acordo assumido pelo Brasil na COP-15 em Copenhague de redução da emissão de gases de efeito estufa, entre 36,1% e 38,9% até 2020, além de diminuir o desmatamento na Amazônia. “Nossa posição na COP-15 foi das mais avançadas. Não olhamos para os outros países para decidir o que fazer. Assumimos uma posição baseada na expectativa do nosso povo.”

Apoios

O ato serviu também para marcar o apoio de cerca de 50 entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo à campanha de Dilma.

As organizações – entre elas a Cáritas Brasileiras, a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) – entregaram à Dilma uma carta com dez pontos em que pedem o apoio e o estímulo à agricultura familiar, além da priorização da reforma agrária. As entidades reivindicam também a elaboração, com a participação dos movimentos do campo, do Terceiro Plano Nacional de Reforma Agrária com o objetivo de assentar as famílias sem terra que já vivem em assentamentos.

Entre os “verdes” que estavam no evento, destacaram-se o coordenador da campanha de Marina Silva, Pedro Ivo, seis deputados Federais – incluindo Sarney Filho – e uma das filhas de Chico Mendes, Ângela Mendes.

Ainda estavam, no salão do Hotel Nacional, onde aconteceu o evento, quatro ministros e vários funcionários do Ministério do Meio Ambiente. A reunião aconteceu das 11h às 14h. Dilma não falou com a imprensa depois do evento.

Com informações da Folha de S. Paulo


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