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28 de setembro de 2010
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16:37

Eleições de 1982 definiram a conquista do Piratini durante 20 anos

Por
Sul 21
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Eleições de 1982 definiram a conquista do Piratini durante 20 anos
Eleições de 1982 definiram a conquista do Piratini durante 20 anos
Antonio Paz/Palácio Piratini
Foto: Antonio Paz/Palácio Piratini

Felipe Prestes

Depois de dezenove anos, o povo gaúcho iria escolher novamente um governante. Com um cenário em que o eleitor vivia em alvoroço, na expectativa da volta do voto direto, e que permitia a candidatura de novas lideranças ao posto de governador, as eleições de 1982 colocavam frente a frente quatro dos cinco homens que governariam o Rio Grande do Sul nos vinte anos seguintes: Jair Soares, Pedro Simon, Alceu Collares e Olívio Dutra. “O fato de aquela eleição ser a primeira em muitos anos, colocou em enorme evidência os candidatos”, recorda Carlos Fehlberg, jornalista político há mais de quatro décadas. O contato direto com eleitor rendeu frutos nas eleições seguintes.

Vinte e oito anos e sete governos estaduais separam aquele momento do pleito atual. De 1982 a 2010, algumas características marcaram as eleições gaúchas, como a de nenhum governador ter conseguido a reeleição ou feito seu sucessor. Um desafio para quem tenta explicar essa realidade.

Há quem diga que a tradição política de alternância no governo gaúcho é mais antiga, anterior à Ditadura Militar. Jair Soares, que acabou se tornando o vencedor, em 1982, acreditava que sua eleição era “quase impossível”, justamente pelo fato de representar o governo anterior, de Amaral de Souza, indicado pelo governo militar. Ele recorda que antes de os militares tomarem o poder, em 64, os gaúchos já elegiam alternadamente governadores do PTB e do PSD. “Por essa retrospectiva, o grande favorito era o Simon”, afirma Soares. “Ele ficou 20 anos liderando a oposição na Assembleia Legislativa”, completa.

O MDB crescia desde 1974, quando infringiu grande derrota à Arena, partido governista, nas eleições para o Legislativo e em prefeituras que possuíam eleições diretas. Após a anistia política e as greves no ABC Paulista em 1979, seguidas pela instituição do multipartidarismo em 1980, o cenário de oposição ganhava dois importantes partidos: o PDT de Leonel Brizola, herdeiro do trabalhismo; e o PT de líderes sindicais como Lula. No Rio Grande do Sul, o trabalhista Alceu Collares, e o líder sindical Olívio Dutra representaram essas duas novas tendências. Ao lado de Simon, eram os candidatos que faziam oposição ao PDS de Jair Soares, partido herdeiro da antiga Arena que sustentou a ditadura.

Como conta o cientista político Benedito Tadeu César, o multipartidarismo foi a estratégia usada pelos militares para retirar poder do MDB. De certa forma isso se refletiu em 1982. Alceu Collares havia deixado o MDB para se filiar ao PDT. “Eu nunca saí do trabalhismo. Dentro do MDB, sempre defendi o getulismo, o brizolismo, o janguismo, as ideias do Darcy Ribeiro. Foram os instrumentos que eu sempre usei na minha vida política”, explica Collares. “O Brizola e eu não nos acertamos naquela eleição”, lamenta Pedro Simon.

Mesmo com a concorrência trabalhista, Simon era o favorito, e perdeu para Jair Soares por menos de 1% dos votos. Na época, houve denúncias de que a eleição fora fraudada. “Na hora da apuração apareceu cédula de tudo quanto é jeito”, acusa Simon. Benedito Tadeu César afirma que o peemedebista “jogou a toalha antes do tempo”, reconhecendo a derrota antes de a apuração terminar, assim facilitando a ocorrência de possíveis fraudes. Jair Soares venceu no primeiro turno, porque ainda não havia sido instituído o segundo turno.

Quatro anos depois, quando também não era permitido um candidato tentar a reeleição, Jair Soares viu seu candidato a sucessor, Carlos Alberto Chiarelli, perder as eleições para Pedro Simon. O peemedebista surfou na onda do Plano Cruzado, lançado no governo do colega de partido José Sarney, que congelou os preços no país e conteve temporariamente a inflação. Com o congelamento dos preços, o PMDB conseguiu eleger governadores em todos os estados do Brasil, à exceção de Sergipe. Pouco tempo depois, o governo precisou descongelar os preços. “O congelamento foi mantido até as eleições para preservar a popularidade. O episódio ficou conhecido como estelionato eleitoral”, relata Benedito Tadeu César.

A desilusão com o PMDB, e com a política tradicional, tomou conta do país após o “estelionato”. Não foi diferente no Rio Grande do Sul, onde Pedro Simon não conseguiu eleger seu sucessor. O peemedebista José Fogaça não chegou nem sequer ao segundo turno, ficando atrás de Alceu Collares (PDT) e de Nélson Marchezan (PDS) – em quarto lugar ficou Tarso Genro (PT). “O Fogaça participou da Constituinte e estava muito empolgado. O Collares e o Marchezan debateram muito o Rio Grande, enquanto o Fogaça falava muito de Brasília”, explica Pedro Simon.

Opositores ferrenhos

Nem Soares nem Simon atribuem as derrotas que seus partidos sofreram, respectivamente em 1986 e 1990, à força da oposição. “Eu sou um homem conciliador”, afirma o progressista. Para Jair Soares, os gaúchos são exigentes demais com os governos. “Por seu grau de politização, o eleitor gaúcho nunca está contente com o governo. Depois, ele percebe que errou”. Pedro Simon garante que não pode se queixar da oposição que teve. “Naquilo que era mais importante (a oposição) sempre votou a favor”.

O mesmo não pode dizer Alceu Collares e nem os governantes seguintes, Antônio Britto (PMDB) e Olívio Dutra (PT). Os três sofreram com a oposição e também com os conflitos em que se viram envolvidos. “Não tive essa oposição raivosa. O Collares teve, o Britto teve, o Olívio teve e a Yeda teve”, afirma Pedro Simon. “(O gaúcho) é um povo muito politizado. O governador sempre sofre uma oposição muito forte. Eu sofri”, lamenta Alceu Collares.

O pedetista sofreu com a CPI da Propina durante seu governo, presidida pelo petista Flávio Koutzii, na qual nada foi provado. “Mandei os deputados do meu partido serem os primeiros a assinar a abertura da CPI, porque tinha convicção de que não havia nada contra meu governo”, afirma o ex-governador. Ainda assim, ele admite que sua imagem saiu arranhada do episódio. “CPI sempre desgasta a imagem do governante, mesmo quando nada de errado foi feito”.

O pedetista sofreu ainda uma saraivada de críticas, ao lado da esposa Neuza, a quem nomeou secretária da Educação. Na tentativa de sanar a falta de vagas na rede pública de ensino, Neuza Collares criou o calendário rotativo, que propunha a distribuição das turmas em diferentes calendários, ocupando todos os meses do ano. A secretária acabou batendo de frente com o CPERS. “O calendário rotativo poderia ser uma boa saída, de forma emergencial, mas era preciso negociar – o que não foi feito. Tanto Neuza quanto o sindicato tinham a política do enfrentamento”, afirma Benedito Tadeu César. O fracasso desta estratégia, aliado a CPI, foram alguns dos fatores que fizeram com que o sucessor escolhido pelo PDT, Sereno Chaise, ficasse apenas em quarto lugar nas eleições em 1994.

Eleito na ocasião, o peemedebista Antônio Britto também sofreu com a política de enfrentamento. Com a perda de espaço do PDT, o PT ascendia como a maior força da esquerda no Rio Grande do Sul. Naquele ano, Olívio Dutra conseguiu chegar ao segundo turno, perdendo para Britto por cerca de 5% dos votos apurados. O governo Britto seguiu a lógica de privatizações do governo FHC. Esta política teve o PT como ferrenho opositor e foi uma das grandes causas de impopularidade de Britto. “A maneira que Britto encontrou para sanear o estado foi com privatizações, mas isso não gerou investimentos. E mexia com ícones para os gaúchos, como o Banrisul”, explica Benedito Tadeu César.

Além disso, segundo conta Tadeu César, Britto teve pouca habilidade política para manter suas bases partidárias. De acordo com o cientista político, o peemedebista costurava mal suas aparições nos municípios do interior do estado, irritando as lideranças regionais, e também brigou com alguns dos grandes líderes de sua base. Esses fatores certamente contribuíram para a vitória de Olívio Dutra nas eleições em 1998. Novo segundo turno entre Britto e Olívio, desta vez teve o petista como vencedor por menos de cem mil votos.

O governo petista também teve problemas com a oposição e com os conflitos que se propôs a fazer. “O governo tinha uma ideia de que tinha que tensionar. Comprou briga com muita gente. Algumas brigas bobas, como tentar acabar com o Colégio Tiradentes (da Brigada Militar)”, analisa Benedito Tadeu César. “Não fizemos nenhum enfrentamento que não tenha sido necessário”, discorda Olívio Dutra. O petista garante que seu governo buscou descentralizar o poder, ampliando a participação dos municípios e da população, e retirando os poderes de uns poucos empresários e políticos. “Governamos para os interesses coletivos, não mais para interesses privados ou pessoais como nos governos anteriores e nos que vieram depois”.

Subtraindo a participação de grandes industriais e latifundiários no governo do estado, surgiu uma oposição também fora do Parlamento. “Gente como o Jorge Gerdau (empresário) e o Carlos Sperotto (dirigente da Farsul) articulou uma oposição contra o Governo Olívio”, afirma Tadeu César. Não bastasse essa oposição de fora, houve um racha entre o governo Olívio e o PDT, principal partido de sustentação da pequena base aliada. A briga não só reduziu ainda mais a representação governista na Assembleia, como fez com que o PDT encabeçasse uma CPI contra o governo, que não apresentou resultados convincentes, mas ajudou a arranhar a imagem da situação.

Tempos de antipetismo

Há quem divirja da tese de que grupos políticos diferentes invariavelmente se alternam no governo do Rio Grande do Sul. “Isso é um reducionismo”, afirma o ex-governador Olívio Dutra. Para o petista, cinco dos sete governos eleitos após a ditadura representam um mesmo grupo social, formado por pessoas que têm como prioridade fazer o estado atender a interesses privados. “Houve apenas duas interrupções. Com o Collares, uma ruptura apenas parcial deste modelo. No nosso governo, da Frente Popular, uma ruptura mais definidora”.

O comportamento de partidos como PSDB, PMDB, PP e PPS nas duas últimas eleições e na construção do secretariado e da maioria na Assembleia tem dado razão à tese de Olívio Dutra. Tanto em 2002 quanto em 2006, estes partidos tiveram como objetivo maior derrotar o PT, esquecendo quaisquer diferenças entre eles mesmos. Desde o acirramento desta disputa, ocorrido durante o Governo Olívio, tem sido disseminado um sentimento conhecido por todos no estado como antipetismo.

“Existe sim esse sentimento de antipetismo no estado”, afirma Alceu Collares. “O PT é um partido que tem sua identidade partidária mais afirmada”, garante Benedito Tadeu César. De acordo com o cientista, o Rio Grande do Sul tem hoje cerca de um terço do eleitorado que vota invariavelmente a favor do PT e outro terço que vota invariavelmente contra este partido. O terço restante tende a esperar pela candidatura que melhor se apresentar contra o PT, mas é uma fatia sobre a qual os petistas podem avançar. Esse comportamento de aguardar a melhor candidatura não-petista pode ser notado tanto em 2002 quanto em 2006, de acordo com Tadeu César. “Germano Rigotto e Yeda Crusius não representavam ideias novas. Eram apenas alternativas contra o PT”, opina o cientista.

Em 2002, depois de realizar prévias dentro do partido, o PT apresentou Tarso Genro como candidato, cerceando a chance de Olívio Dutra de concorrer à reeleição. Tarso seria um nome mais preparado para dialogar com os adversários. “O clima de enfrentamento abriu brecha dentro do próprio PT para o surgimento da candidatura de Tarso, mais conciliador”, analisa Tadeu César. Para o cientista político, contudo, a campanha do petista apresentou o mesmo discurso de confronto que o PT tinha no governo. Essa campanha, baseada em ataques a Antônio Britto, minou a carreira política do antigo porta-voz de Tancredo Neves. Entretanto, o eleitorado antipetista começou a migrar seus votos para Germano Rigotto. O peemedebista chegou ao segundo turno e nesta etapa todos os votos contra o PT naturalmente se concentraram nele, que assim chegou ao governo.

Germano Rigotto não sofreu tanto com a oposição durante seu governo, e evitou comprar quaisquer brigas. Ainda assim, foi vítima de seus próprios apoiadores. Em 2006, a candidatura do petista Olívio Dutra mostrava sinais de fraqueza. Assim, os eleitores contrários ao PT, e mesmo dirigentes partidários, passaram a acreditar na possibilidade de afastar o partido inimigo da disputa do segundo turno. Uma migração desenfreada de votos de Rigotto para Yeda Crusius acabou levando a tucana para o segundo turno contra Olívio Dutra. “O PMDB tentou fortalecer a Yeda para tirar Olívio do segundo turno. Foi uma bobagem, o PT sempre atinge pelo menos cerca de 30% dos votos. Esses eleitores não flutuam para o outro lado”, analisa Tadeu César.

Agora, a popularidade espantosa do Governo Lula, e a participação de Tarso Genro em pastas importantes desse governo – Justiça e Educação – podem fazer com que o PT retorne ao Palácio Piratini. “Tarso fura este bloqueio por sua passagem pelo governo federal, pela certeza de que ele teria bom trânsito em Brasília”, acredita o cientista.

Contra a corrente

Tarso Genro, segundo indicam as pesquisas, surfa mesmo na popularidade do Governo Federal. A tendência entre os gaúchos, contudo, nas três eleições anteriores, foi eleger governos não-alinhados com o Planalto. Primeiro, Olívio Dutra governou nos últimos quatro anos do Governo FHC. Depois, Germano Rigotto e Yeda Crusius foram os governadores durante os oito anos de Governo Lula.

“A política do Rio Grande do Sul tem características próprias, não fica na dependência do Governo Federal”, opina Carlos Fehlberg. O jornalista não acredita que essa oposição ao governo central possa ser causadora de prejuízos ao estado. “Não chega a ser prejudicial, ou não deveria ser. O presidente tem uma responsabilidade com todo o país. É claro que a aproximação política sempre ajuda. Não ter essa proximidade prejudica alguns acessos”.

Para Pedro Simon, o povo gaúcho tem um sentimento de que o governo federal maltratou o estado muitas vezes. “Houve sempre certa mágoa dos gaúchos com o governo federal”, afirma. O ex-governador, contudo, minimiza os efeitos desse ressentimento. “Pode haver alguns assuntos que não vão adiante por essa questão, mas não vejo tanta importância”. Simon vê a cooperação entre os governos estadual e federal para melhorias recentes no porto de Rio Grande como um exemplo de relação sadia entre as partes.

Os ex-governadores Olívio Dutra, Alceu Collares e Jair Soares acreditam que o eleitor gaúcho não escolhe seus candidatos com a intenção de eleger um opositor ao governo federal. “Não é uma opção do eleitorado ser contra o governo federal”, concorda Benedito Tadeu César. O cientista político acredita que muitas vezes são os diretórios estaduais que causam o descompasso com a política nacional. “Em 2002, enquanto o Lula era paz e amor, o Tarso partiu para o confronto. Quem fez campanha mais parecida com a de Lula foi o Rigotto, que acabou sendo o vencedor”, exemplifica.

Momento de transição

A eleição estadual de 1982 trouxe à disputa pela hegemonia no estado nomes que já exerciam liderança, mas que antes não poderiam concorrer ao governo. Dali em diante, nomes como Simon, Collares e Olívio Dutra despontaram ainda mais na política gaúcha. Hoje, é difícil ver tantas importantes lideranças disputando uma mesma eleição. “As lideranças, quando ficam velhas, não querem abrir o espaço”, afirma Tadeu César.

O ex-governador Jair Soares parece ter sofrido o inverso. Quanto mais envelheceu, menos espaço teve dentro do próprio partido – o atual PP (antigo PPB, e antes ainda PDS) – e dentro da própria política gaúcha. E não só ele como o próprio partido foi perdendo espaço. “Continuo sendo liderança, só que não sou acionado. Talvez quisessem lideranças novas, mas não tinham lastro para isso”, lamenta o progressista. Para Soares, o PP errou ao fazer parte de três governos que não tinha apoiado em primeiro turno. “O partido se coligou com Britto, Rigotto e Yeda e esqueceu de desempenhar o papel de oposição que a população lhe havia outorgado”.

Alceu Collares também percebe uma falta de lideranças em seu partido e acredita que talvez seja “o último dos moicanos do trabalhismo”. “É profundamente lamentável, mas é real. No PDT não houve renovação. Nossos companheiros são bons, mas ainda não temos condição de ter candidatura”. A falta de candidato ao governo do estado, por sua vez, vai enfraquecendo ainda mais o partido, segundo Collares. Dois partidos tradicionais, um herdeiro do trabalhismo (PDT), outro da Arena (PP), hoje ocupam papel de coadjuvante no estado.

PMDB e PT, por sua vez, têm hoje os dois principais candidatos no enfrentamento pelo governo do estado. José Fogaça e Tarso Genro já haviam se encontrado em 1990, ocasião em que nenhum dos dois conseguiu chegar ao segundo turno. Ambos têm trajetória de décadas na política, com dois mandatos como prefeitos da capital e com experiência em Brasília – Fogaça no Congresso e Tarso como ministro. O peemedebista e o petista lutam para chegar pela primeira vez ao Palácio Piratini e podem ocupar lugares vagos na política gaúcha.

Os dois últimos governadores gaúchos parecem não ter emplacado. Tanto Germano Rigotto quanto Yeda Crusius passaram meteoricamente de deputados federais e candidatos desconhecidos da maior parte do eleitorado para governadores. Rigotto acabou em terceiro na sua tentativa de reeleição e hoje pena para conseguir vaga ao Senado. Após deixar o governo, pouca influência exerceu sobre a política gaúcha. Yeda Crusius, com enorme rejeição no eleitorado gaúcho, pode seguir caminho semelhante. Mesmo tendo governado o estado, o PSDB, sem tradição no Rio Grande do Sul, não deve ter um político influente nestas bandas nos próximos anos.

Enquanto isso, figuras como Pedro Simon e Alceu Collares ainda continuam exercendo influência sobre a política local. Mas o próprio Simon, que há décadas é o grande articulador político do PMDB no estado, tem visão mais otimista sobre o surgimento de lideranças e enxerga vários nomes que podem preencher esta lacuna tanto no PDT e no PP quanto no PMDB e no PT. Benedito Tadeu César resume essa incerteza quanto aos próximos caciques locais. “É um momento de transição”.

Em 1982 assistíamos sem saber um esboço das duas décadas que viriam. Os quatro partidos que ali se colocavam na disputa governariam o estado, apresentando uma diversidade ideológica grande o suficiente para separar PT e PDS. Nos anos 2000 se consolidou a polarização entre PT e antipetismo. As páginas que escrevemos agora poderemos ler com mais clareza daqui duas décadas. Se Jair Soares e Olívio Dutra podem concordar em algo, os dois citam a mesma frase para justificar a avaliação de seus governos: “O tempo é o senhor da razão”.


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