Milton Ribeiro
O governo espanhol expressou sua “rejeição e condenação” aos episódios violentos que ocorreram em Barcelona e que seriam inteiramente desconectados da greve geral decretada hoje. Em nome do governo catalão, o ministro do Trabalho, Mar Serna, lamentou que a greve “tenha sido contaminada por grupos violentos, que não têm nada a ver com os trabalhadores e os principais sindicatos.”
Alguns episódios na cidade de Barcelona resultaram em 17 detidos, além de mais 16 em outras cidades da Catalunha. O centro de Barcelona viveu mais de oito horas de conflito quase permanente. Começou ao meio-dia na zona da Universidade e seguiu para a Plaza Catalunya e para as Ramblas.
Durante as perseguições que aconteceram durante horas, a polícia dava tiros com balas de borracha sob o olhar atônito de dezenas de turistas. Os tiros foram respondidos por pedras e garrafas de vidro.
A polícia catalã confirmou que os manifestantes pertencem a grupos políticos anarquistas ligados às universidades e que não são formados por trabalhadores sindicalizados da UGT e CCOO. “Eles agem à margem do protesto e aparecem que todos pelo simples pelo fato de serem agressivos”, sugerem fontes da polícia.
Veículo em chamas
Durante os tumultos na parte da manhã, uma viatura da polícia municipal foi queimada em incidente no qual quatro pessoas foram presas. A CGT lamentou o fato em nota, assim como também os ataques à base de garrafas e outros objetos a veículos da polícia e a populares que assistiam aos distúrbios em sacadas e janelas.
Com informações do El País e ABC
