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6 de janeiro de 2019
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22:50

CUT-RS prepara ofensiva contra onda de privatizações dos governos Bolsonaro e Leite

Por
Sul 21
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Ato contra ‘reforma’ da Previdência: trabalhadores querem aumentar representação parlamentar para defender direitos
Foto: Roberto Parizotti/CUT

Da CUT-RS

Apesar das férias de janeiro, ocorre na próxima terça-feira (8), às 9h, a primeira reunião do ano da Executiva da CUT-RS, na sede da entidade, em Porto Alegre. O objetivo é analisar o impacto para a classe trabalhadora das primeiras medidas anunciadas pelos governos do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro (PSL) e do governador Eduardo Leite (PSDB), como a continuidade da política de privatizações.

O encontro contará com a participação de sindicatos e federações que representam trabalhadores de empresas estatais sob controle dos governos federal e estadual. “A análise das primeiras medidas servirá como ponto de partida para construirmos uma ofensiva do movimento sindical contra a entrega do patrimônio público e em defesa dos direitos dos trabalhadores”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

“O ex-governador José Ivo Sartori (MDB) tentou privatizar a CEEE, a CRM e a Sulgás, mas não conseguiu diante da resistência dos trabalhadores e dos deputados de oposição. Agora, Leite quer retomar essa pauta retrógrada e conceder à iniciativa privada empresas que prestam bons serviços para a população gaúcha e geram importantes receitas para o estado”, destaca Nespolo.

Já os ministros de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se comprometeram a levar adiante projetos do ex-presidente golpista Michel Temer (MDB), visando fazer decolar um ousado plano de concessões e privatizações.

Eletrobrás, Petrobrás, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil estão na mira do capital privado nacional e internacional. “Além do importante papel social que desempenham, essas empresas públicas dão muito lucro e por isso estão sendo tão cobiçadas pelos capitalistas”, denuncia o dirigente da CUT-RS.

Reforma da Previdência

O governo Bolsonaro, pressionado pelo mercado financeiro, está anunciando a retomada das discussões sobre a reforma da Previdência. “Desde já, as centrais sindicais precisam estar muitos atentas para esclarecer a sociedade como funciona o sistema de previdência, mostrar que isso não caiu do céu e mobilizar outra vez o exército dos trabalhadores e das trabalhadoras, assim como aconteceu na greve geral de 28 de abril de 2017, que foi decisiva para barrar o famigerado projeto de reforma do Temer”, aponta Nespolo.

“Além disso, a CPI da Previdência, presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), provou que não existe déficit, mas sim superávit. O que precisa acabar é a sonegação, a roubalheira, o desvio de recursos para outras áreas (DRU) e as renúncias fiscais”, salienta o presidente da CUT-RS.


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