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29 de maio de 2018
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12:30

Por reforma trabalhista, OIT coloca Brasil em ‘lista suja’ de violações

Por
Sul 21
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Por reforma trabalhista, OIT coloca Brasil em ‘lista suja’ de violações
Por reforma trabalhista, OIT coloca Brasil em ‘lista suja’ de violações

Da Reação

Centrais Sindicais divulgaram nota conjunta nesta terça-feira sobre (29) sobre a decisão da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de incluir o Brasil na lista dos 24 países violadores das suas convenções e normas internacionais do trabalho. Para as centrais, “a decisão confirma as denúncias contra as práticas antissindicais do governo, que se tornaram ainda mais graves com a tramitação do projeto da reforma trabalhista no Congresso Nacional”.

Confira a nota na íntegra:

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) decidiu nesta terça-feira (29), incluir o Brasil na lista dos 24 países violadores das suas convenções e normas internacionais do trabalho.

A inclusão do Brasil na lista se deu em decorrência da aprovação da reforma trabalhista (Lei 13.467/17) que retirou dezenas de direitos das trabalhadoras e trabalhadores brasileiros, violando normas fundamentais da OIT, especialmente a Convenção 98, ratificada pelo Brasil, que trata do Direito de Sindicalização e de Negociação Coletiva. A OIT avalia que a possibilidade do negociado prevalecer sobre o legislado para retirar ou reduzir direitos e de ocorrer negociação direta entre trabalhador e empregador, sem a presença do Sindicato, são dispositivos que contariam a referida convenção.

Esta decisão da OIT, uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU), confirma as denúncias das Centrais contra as práticas antissindicais do governo que se tornaram ainda mais graves com a tramitação do projeto da reforma no Congresso Nacional, aprovada sem diálogo com as representações de trabalhadores e trabalhadoras, neste caso, violando também a Convenção 144 da OIT.

Diante da decisão da OIT, os trabalhadores e trabalhadoras brasileiros esperam agora que o governo reconheça a gravidade do erro cometido e faça a revogação imediata da reforma trabalhista.

Genebra, 29 de maio de 2018.

CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
CUT – Central Única dos Trabalhadores
FS – Força Sindical
NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
UGT – União Geral dos Trabalhadores


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