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21 de fevereiro de 2018
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14:40

Após pressão de servidores, votação de projetos do IPE é adiada

Por
Sul 21
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Após pressão de servidores, votação de projetos do IPE é adiada
Após pressão de servidores, votação de projetos do IPE é adiada
Assim que os projetos foram anunciados, os servidores realizaram protestos em frente à sede do IPE. |Foto: Carol Ferraz/CPERS

Da Redação*

Os quatro projetos do governo do Estado que tratam da reestruturação do Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPERGS ou IPE) e da criação do Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul não foram votados na sessão desta terça-feira (20) na Assembleia Legislativa. Por falta de quórum ocasionada após pressão dos servidores públicos, a pauta foi adiada para a semana seguinte, na terça-feira (27).

Em agosto de 2017, o governo do Estado anunciou a pretensão de dividir o Instituto em duas autarquias independentes, sem consultar os servidores. De acordo com o governo, o objetivo da duplicação é “modernizar o atendimento”, mas, na época, o Sindicato dos Servidores do Instituto de Previdência do Estado (Sindipe) questionou a proposta afirmando que a divisão geraria mais gastos e não iria solucionar os problemas do IPE.

Se os projetos forem aprovados, o governo pretende criar o IPE Prev, que teria foco exclusivo na previdência dos servidores estaduais, e o IPE Saúde, destinado a gerir os serviços de assistência de saúde dos servidores e beneficiários. Os servidores argumentam que, mesmo que haja uma necessidade de reestruturação, não há motivos para a separação; o que só provocaria aumento de despesas.

Durante a manhã que antecedeu a votação, educadores vinculados ao CPERS, sindicato que representa os professores estaduais, realizaram vigília na Praça da Matriz e visitaram os gabinetes dos parlamentares pressionando pela retirada do regime de urgência dos quatro projetos que envolvem o IPE. Em nota divulgada pelo CPERS, o sindicato afirma que “esses projetos representam a privatização dos serviços do IPE Saúde e o aumento da contribuição dos servidores, entre outras consequências”.

Para a  presidente do sindicato, Helenir Aguiar Schürer, é importante que o regime de urgência seja retirado para que os servidores tenham tempo de articular debates e encontrar soluções. “A luta e a resistência continuam e o IPE é nosso e vamos defendê-lo”, concluiu.

*Com informações do CPERS Sindicato


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