Movimentos
|
30 de junho de 2017
|
20:13

Bancários paralisam agências e fortalecem participação na greve geral desta sexta (30)

Por
Sul 21
[email protected]
Bancos aderiram à Greve Geral. Foto: Joana Berwanger/Sul21

Da Redação

Bancários de Porto Alegre e Região Metropolitana repetiram a adesão à greve de 28 de abril e cruzaram os braços nesta sexta-feira (30) contra as reformas do governo Temer.  O presidente do SindBancários, Everton Gimenis, explica um fenômeno que observou em conversas informais com comerciantes, colegas bancários e com clientes de bancos logo nas primeiras horas da manhã. “Os bancários, de novo, mostraram um nível muito elevado de consciência sobre os ataques do governo Temer aos direitos dos trabalhadores e que estão bem informados de que as Reformas da Previdência, Trabalhista e a terceirização representam a imposição de uma cultura de trabalho precário”, explicou Gimenis.

O presidente do Sindicato disse que ainda não há um levantamento do número de agências fechadas na área de abrangência do Sindicato e que estes levantamentos em dia de greve geral são difíceis de fazer. “Quando somos nós que organizamos a greve, temos um acompanhamento diário do volume de participação com base nas agências que fecham. Numa greve geral, há outras variáveis que influenciam a participação dos bancários, como a adesão dos transportes coletivos, o que dificulta o deslocamento dos bancários para os seus locais de trabalho”, avaliou Gimenis.

Ainda de madrugada, os bancários participaram de piquetes de esclarecimentos e de convencimento na Garagem da Trevo, no bairro Camaquã, em Porto Alegre. Às 5h10, um pelotão da Brigada Militar dispersou os manifestantes com bombas de gás e de efeito moral. A garagem ficou aberta, e os ônibus puderam circular. “Avaliamos que, mesmo com a truculência da Brigada, com o uso de violência e bombas para dispersar pequenos grupos de trabalhadores, como foi o nosso caso, a greve conseguiu se fortalecer e contar com a adesão de muitos trabalhadores. Sentimos também que houve um efeito da greve anterior, a de 28 de abril. As pessoas sabem que uma greve geral serve para mostrar que trabalhador vai lutar e ficaram em casa”, finalizou Gimenis.

 Foto: Joana Berwanger/Sul21

Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora