Da Redação
Reino Unido, França e Suécia convocaram, nesta segunda-feira (3), os embaixadores israelenses de seus países para uma reunião a fim de protestar contra a decisão de Israel de construir novos assentamentos no território palestino.
O primeiro ministro israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu autorizar a continuação da construção de colônias em Jerusalém Oriental e de 3 mil casas nos territórios ocupados da Cisjordânia. A ação pode comprometer o funcionamento de um futuro estado palestino. Caso o plano tenha seguimento, as novas colônias interromperão a continuidade territorial entre o norte e o sul da Cisjordânia, impossibilitando a solução de dois estados.
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A decisão seria uma resposta à votação realizada nas Nações Unidas nessa sexta-feira (31), que elevou a Palestina à categoria de estado observador não-membro da entidade. A ação de Netanyahu enfureceu a comunidade internacional europeia e, de acordo com diplomatas ouvidos pela mídia internacional, Londres e Paris consideram retirar seus embaixadores de Israel pela primeira vez.
Os governos do Reino Unido e da França ainda estariam cogitando suspender diálogos estratégicos com Tel Aviv, rotular produtos israelenses originados nos territórios palestinos ocupados e promover sanções contra as colônias. O embaixador da Holanda, Caspar Veldkamp, afirmou que o país – que se absteve na última votação na ONU – não vai mais apoiar Israel nos próximos passos diplomáticos.
Israel toma novas medidas contra palestinos
O Conselho de Ministros de Israel aprovou neste domingo (2) uma resolução que rejeita o reconhecimento da Palestina pela ONU como estado observador não-membro. O órgão, que é presidido pelo primeiro ministro, afirmou ainda que o estado israelense tem o direito de reivindicar os territórios em disputa na “Terra de Israel”.
Nesta segunda-feira (2), uma fonte de dentro do Escritório de Netanyahu informou que o governo planeja novas medidas contra autoridades palestinas. “Os palestinos vão perceber que eles cometeram um erro ao tomar passos unilaterais”, disse o oficial ao jornal Haaretz.
Com informações do Opera Mundi