Rachel Duarte
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), por meio da assessoria de imprensa, informou, referente a matéria do Sul21, que a instituição não alegou razões de agenda para negar cedência de espaços para as conferências do Fórum Mundial Palestina Livre. Segundo a assessoria, a organização do evento foi chamada para uma reunião na última segunda-feira (19), onde deveria explicar alguns pontos da carta de referência que norteia o Fórum. “Eles não vieram. Então, resolvemos informar que não iríamos ceder espaço para não nos vincularmos a um evento que não propõe a paz”, alegou a assessoria de imprensa, em conversa telefônica.
Segundo a representante do MP-RS, o item sobre o boicote econômico a Israel foi um dos pontos que mais evidenciaram uma “provocação por parte de um grupo para com outro grupo”. Caso fosse um evento com possibilidade de posições antagônicas, ou se a organização tivesse ido explicar à Administração Superior do MP-RS que não está com intenções antipacifistas, a instituição teria cedido o local. “Como sempre fazemos quando surgem eventos desta proporção”, disse.
A assessoria não soube informar quando foi feita a solicitação para a utilização do espaço. Segundo uma das organizadoras do Fórum, o pedido foi feito com bastante antecedência. A recusa do empréstimo das salas do MP-RS a uma semana do evento pode ter relação com a polêmica levantada pela comunidade israelita gaúcha. “Agora que vimos que a questão é polêmica. Não podemos ser afetados ou tomar parte em uma guerra. Somos um órgão que defende toda a sociedade”, disse a assessoria do MP-RS.