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25 de novembro de 2016
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15:33

Ricardo Neis é condenado a 12 anos de prisão por atropelar ciclistas, mas pode apelar em liberdade

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Sul 21
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Ricardo Neis é condenado a 12 anos de prisão por atropelar ciclistas, mas pode apelar em liberdade
Ricardo Neis é condenado a 12 anos de prisão por atropelar ciclistas, mas pode apelar em liberdade

Da Redação*

O bancário Ricardo Neis foi condenado na noite desta quinta-feira (24) a 12 anos e 9 meses de prisão em regime fechado pelo atropelamento de ciclistas que participavam de um passeio promovido pelo movimento Massa Crítica, no bairro Cidade Baixa, em fevereiro de 2011. Neis também segue impedido de dirigir, mas terá direito de apelar em liberdade.

O julgamento teve início na quarta-feira (23) pela manhã e foi suspenso por volta das 20h, sendo retomado na manhã de quinta. Neis foi julgado por atropelar 17 ciclistas. Ele respondeu à acusação de 11 tentativas de homicídio e cinco lesões corporais.

Em seu depoimento, o bancário disse que se sentiu ameaçado pelos ciclistas e chegou a temer “ser linchado”. Ao narrar o momento do atropelamento, Ricardo Neis afirmou: “Foi traumático! Confesso que não achava que tinha tantos pela frente. Havia 2,3 pessoas no capô. Se eu parasse ia passar em cima deles. Algumas bicicletas ficaram presas no carro e para me livrar delas dei um leve ‘beliscão’ no freio.”

Já as testemunhas de acusação deram versões diferentes em seus depoimentos. Eduardo Iglesias, por exemplo, afirmou que, antes do atropelamento, Neis estava “nervoso”, com a cabeça para fora da janela do carro xingando os ciclistas: “Ele dizia bando de filho da puta, vagabundos, que ele tinha o direito de passar e nós não tínhamos o direito de trancar o trânsito”.

Outra testemunha, identificada apenas como Thiago, também disse que viu Neis “muito alterado, muito bravo” com os ciclistas desde o início do passeio, no Largo Zumbi dos Palmares. Antes de chegar ao cruzamento das ruas José do Patrocínio e República, onde o fato ocorreu, ele teria testemunhado o motorista encostando o carro contra as rodas de uma bicicleta, o que gerou uma discussão breve entre ele e os ciclistas.

O Júri foi presidido pelo Juiz de Direito Maurício Ramires, da 1ª Vara do Júri da Capital. Atuaram na acusação, representando o Ministério Público, os Promotores Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena de Lima Callegari. A defesa do réu foi realizada pelo Advogado Manoel Pedro Silveira Castanheira.

*Com informações do TJ-RS


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