Jaqueline Silveira
Em assembleia no final da tarde desta segunda-feira (14), em Porto Alegre, os cerca de 130 metroviários presentes decidiram não entrar em grave, pelo menos por enquanto. A categoria empurrou a decisão para o mês de abril, caso a Trensurb não contrate mais seguranças para as 23 estações. Os metroviários cobram a nomeação imediata dos aprovados em concurso público para amenizar a violência nas estações e também dentro dos trens.
“Nem entramos na questão salarial, a questão é exclusivamente da segurança”, afirmou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários e Conexas do Rio Grande do Sul (Sindimetrô-RS), Luís Henrique Chagas, sobre a violência que vem sendo registrada nas estações. No último sábado (12), conforme ele, ocorreu mais um assalto, desta vez na bilheteria da estação São Pedro. A partir da próxima semana, os metroviários irão fazer manifestações nas estações em protesto à criminalidade. Hoje, conforme o presidente do Sindimetrô, há menos de 80 agentes para fazer a segurança nas 23 estações nos três turnos. “A segurança é uma ficção”, frisou ele, sobre o número insuficiente de agentes.
Chagas disse que o Sindimetrô já vinha conversando com a direção da Trensurb para chamar os aprovados em cadastro reserva, contudo parte dos dirigentes da empresa foi substituída e novas reuniões terão de ser agendadas para tratar do assunto. “Teremos de começar do zero”, comentou o dirigente sindical, sobre a reivindicação. Ele acrescentou que se a Trensurb não tomar providências, a categoria partirá para a greve no mês de abril. Parte da categoria, segundo Chagas, votou pela paralisação já a partir da próxima sexta-feira (18).
