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9 de março de 2015
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22:38

Vigilantes entram em greve e paralisam serviços na Capital

Por
Sul 21
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Vigilantes entraram no Banrisul na Paça da Alfândega e impediram o funcionamento interno|Foto: Filipe Castilhos/Sul21
Vigilantes entraram no Banrisul na Praça da Alfândega, na Capital, e impediram o funcionamento interno|Foto: Filipe Castilhos/Sul21

Jaqueline Silveira

Foi com uma passeata por algumas ruas no centro da Capital que encerrou o primeiro dia de paralisação dos vigilantes, nesta segunda-feira. Pela manhã, cerca de 300 trabalhadores se concentraram na Praça da Alfândega e acabaram impedindo o funcionamento de uma agência do Banrisul, que fica no local. A categoria reivindica reajuste salarial de 12% e aumento de R$ 4 no vale-alimentação, que hoje é de R$ 14. Atualmente, o salário básico de um vigilante é de R$1.119 mais o adicional de periculosidade de 30%.

A proposta inicial do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Rio Grande do Sul (Sindesp) foi de 6,16% e depois, diante da negativa da categoria,  7,16%. O reajuste oferecido no vale-alimentação é de R$ 0,91. Nesta segunda-feira, o Sindesp entrou com uma ação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) alegando a ilegalidade da greve.

Na tarde da próxima quarta-feira (11), a categoria fará uma assembleia na Praça da Alfândega, onde foi instalada uma tenda, para avaliar a paralisação. Até lá, o SindiVigilantes espera receber uma nova proposta. Vigilante de uma agência bancária, Gerson Silva diz que o salário é baixo e que, no ano passado, receberam 8,4% de reajuste. “Complicado né, tem gente que paga aluguel e tem filhos. Os porteiros já estão ganhando R$ 1.200”, argumenta ele.

A paralisação envolve vigilantes de agências bancárias, shoppings, empresas de monitoramento e órgãos públicos. Boa parte dos bancos da Capital não funcionou nesta segunda, exceto os caixas eletrônicos. Serviços de órgãos públicos, como a Secretaria Municipal da Fazenda e o Tudo Fácil, também foram prejudicados. Fora de Porto Alegre, conforme a assessoria de imprensa do SindiVigilantes, algumas agências não funcionaram em Tramandaí e Capão da Canoa, no Litoral Norte, em Guaíba, Canoas e Eldorado do Sul, na Região Metropolitana, além de Camaquã, na Zona Sul. O sindicato acredita que nesta terça-feira (10) deva aumentar a adesão, já que muitos vigilantes estavam aguardando a greve ser deflagrada para paralisar o trabalho. No Rio Grande do Sul, há cerca de 600 mil vigilantes.

A categoria recebeu o apoio dos sindicatos dos Metalúrgicos e dos Bancários, ambos ligados à Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Foto: Filipe Castilhos/Sul21
Foto: Filipe Castilhos/Sul21

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