Em Destaque
|
5 de maio de 2014
|
15:37

As 10 cidades mais igualitárias do Brasil

Por
Sul 21
[email protected]

Do EcoD

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo. A constatação é do índice  de Gini, produzido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento  Económico (OCDE), o mais famoso indicador para medir distribuição de renda.

No entanto, o Brasil tem registrado avanços nos últimos anos para diminuir  sua desigualdade, mas o abismo entre os ricos e pobres ainda é gritante. Algumas  cidades do país, todavia, contam com distribuição de renda mais equitativa do  que as demais.

Por exemplo: entre os 4,5 mil moradores de São José do Hortêncio, no Rio  Grande do Sul, não será possível encontrar nenhum bilionário ou multimilionário  como aqueles que existem, em certa quantidade, em São Paulo. Mas tampouco será  fácil localizar uma pessoa que não saiba ler e escrever: a taxa de  analfabetismo, pouco maior que 1%, está entre as menores do Brasil.

E praticamente todos os cidadãos, com mais ou menos renda, estudam em escola  pública até o ensino médio – trata-se da única opção disponível. Este  cenário de pouca desigualdade garantiu à pacata cidade, junto com a também  diminuta Botuverá, em Santa Catarina, o título de mais igualitária do país.

O ranking que pode ser visto a seguir é dominado por municípios do Sul e  alguns poucos exemplares do Sudeste. “As cidades do Sul são menos desiguais  em parte porque a população costuma ser mais educada, a desigualdade educacional  costuma ser menor. São populações mais homogêneas”, afirma Rafael Osório,  técnico do Ipea especialista em estudos de distribuição de renda.

A desigualdade de renda é tida como um elemento que atrapalha a coesão  social, impedindo que indivíduos – sejam mais ricos ou mais pobres – sintam-se  parte da mesma sociedade.

cidade

1) SÃO JOSÉ DO HORTÊNCIO (RS)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,28

Índice de Gini (Atlas 1991) –  0,36

População – 4.094

Em São José do Hortêncio, os 10% mais ricos ganham  4 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

botuvera

2) BOTUVERÁ (SC)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,28

Índice de Gini (Atlas 1991) –  0,49

População – 4.468 habitantes

Em Botuverá, os 10% mais ricos ganham  4,1 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

altofeliz3) ALTO FELIZ (RS)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,29

Índice de Gini (Atlas 1991) –  0,41

População – 2.917 habitantes

Em Alto Feliz, os 10% mais ricos ganham  4,2 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

sao

4) SÃO VENDELINO (RS)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,29

Índice de Gini (Atlas 1991) –  0,50

População – 1.944 habitantes

Em São Vendelino, os 10% mais ricos  ganham 4,3 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes  mais.

cidade5-valereal-ECOD5) VALE REAL (RS)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,29

Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,36

População – 5.118 habitantes

Em Vale Real, os 10% mais ricos ganham 4,1 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais

cidade6-santamariadoherval-ECOD

6) SANTA MARIA DO HERVAL (RS) 

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,30

Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,39

População – 6.053 habitantes

Em Santa Maria do Herval, os 10% mais ricos ganham 4,4 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

cidade7-campestredaserra-ECOD

7) CAMPESTRE DA SERRA (RS)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,31

Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,39

População – 3.247 habitantes

Em Campestre da Serra, os 10% mais ricos ganham 4,5 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

cidade8-tupandi-ECOD

8) TUPANDI (RS)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,31

Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,41

População – 3.924 habitantes

Em Tupandi, os 10% mais ricos ganham 4,6 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

cidade9-corregofundo-ECOD

9) CÓRREGO FUNDO (MG)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,32

Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,50

População – 5.790 habitantes

Em Córrego Fundo, os 10% mais ricos ganham 4,9 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

morro-reuter-ecod

10) MORRO REUTER (RS)

Índice de Gini (Atlas 2013) – 0,32

Índice de Gini (Atlas 1991) – 0,38

População – 5.676 habitantes

Em Morro Reuter, os 10% mais ricos ganham 4,9 vezes mais que os 40% mais pobres. No Brasil, são 22,7 vezes mais.

Obs: O índice varia de 0 a 1. Só alcançaria zero se todo mundo em um local pesquisado tivesse exatamente a mesma renda. E exatamente um, apenas se uma pessoa concentrasse todo o dinheiro.

Na prática, portanto, o índice nunca encosta nesses extremos, só que quanto mais perto de zero, melhor. O da Noruega, por exemplo, é de 0,25. Já o do Brasil é de 0,50.

 

 


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora