Colunas>Manuela d'Ávila
|
8 de abril de 2016
|
10:06

Mãe empoderada, pai participativo, primeira infância respeitada

Por
Sul 21
[email protected]
Mãe empoderada, pai participativo, primeira infância respeitada
Mãe empoderada, pai participativo, primeira infância respeitada

Por Manuela d’Ávila

A maternidade ainda causa estranheza no mercado de trabalho. Conciliá-la com a carreira envolve questões ligadas não só à função social da maternidade mas aos primeiros anos de vida da criança. Muitas mulheres querem e precisam estar no  mercado de  trabalho e, ao mesmo tempo,têm que dar conta das necessidades de seus  bebês, sendo que muitas não contam com o auxílio de um pai participativo. Isso tem um custo social. Mas há, também, quem esteja buscando alternativas a esta dicotomia.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que bebês mamem exclusivamente no peito até, pelo menos, os seis meses. Mas a maioria das mulheres enfrenta diversos tabus para sanar este que é um direito de todas as crianças. Nem todas nós temos seis meses de licença maternidade. Ao término dos quatro meses, muitas precisam driblar o fato de não conseguir uma vaga na creche para deixar o bebê, por exemplo. A angustia não termina por aí. Ao voltar ao trabalho, a mulher vive assombrada pelo fantasma da demissão.

Por todas essas questões, milhares de mulheres estão deixando o mercado de trabalho e se tornando empreendedoras, não deixando seu papel social de lado, mas podendo acompanhar o desenvolvimento de seus pequenos. De acordo com pesquisas norte- americanas, com crianças de três a sete anos, bebês amamentados por até 12 meses demonstram maior capacidade de comunicação aos três anos e, aos sete, inteligência verbal e não-verbal superior às crianças que não foram amamentadas. Ou seja, amentando até pelo menos os seis meses, teremos crianças mais seguras e com menos doenças, o que resultará em adultos também mais saudáveis, física e mentalmente.

Ao concluirmos que estas questões precisam ser mais debatidas, comemoramos com entusiasmo a aprovação do Marco Legal da Primeira Infância e, inclusive, criamos a Frente parlamentar da primeira infância, na Assembleia Legislativa, não só para adequarmos as proposições aqui no Estado, mas para colocar um holofote sobre o assunto. Uma mãe feliz e empoderada (de preferência com o apoio de um pai participativo) vai proporcionar uma infância de melhor qualidade a seus filhos.

.oOo.

Manuela D’ Ávila é deputada estadual pelo do PCdoB.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora